Custo da Construção Civil desacelera no Ceará

O setor da construção civil no Ceará registrou uma desaceleração na inflação dos insumos em fevereiro de 2025. O Índice da Construção Civil (SINAPI), divulgado nessa quarta-feira (12/03), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou uma variação de 0,23%, um recuo significativo em relação ao avanço de 1,39% registrado em janeiro. O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 5,11%, abaixo dos 5,84% observados no período anterior, indicando uma moderação nos custos do setor.

Apesar da desaceleração, o custo da construção no estado seguiu em alta. O valor médio do metro quadrado subiu de R$ 1.686,77 para R$ 1.690,73, sendo R$ 1.039,78 relativos aos materiais e R$ 650,95 à mão de obra.

No âmbito nacional, o SINAPI também registrou uma variação de 0,23%, representando uma desaceleração em relação ao índice de janeiro (0,51%). O acumulado dos últimos 12 meses foi de 4,39%, levemente acima dos 4,31% registrados anteriormente. O custo médio da construção no país subiu para R$ 1.803,90 por metro quadrado, sendo R$ 1.039,82 referentes aos materiais e R$ 764,08 à mão de obra.

O aumento do custo da construção foi influenciado principalmente pela alta no segmento de materiais, que apresentou variação de 0,29% em fevereiro, um avanço em relação a janeiro (0,18%) e também superior à variação observada em fevereiro do ano passado (0,15%). Já o custo da mão de obra apresentou uma leve alta de 0,14%, porém, com uma desaceleração expressiva quando comparado ao avanço de 0,97% registrado em janeiro. Esse recuo está ligado à ausência de novos acordos coletivos no período. No acumulado de 12 meses, a parcela dos materiais registra alta de 3,48%, enquanto a mão de obra acumula um avanço de 5,64%.

A desaceleração no índice de inflação da construção civil pode representar um alívio para empresários e investidores do setor no Ceará, que vêm enfrentando altas consecutivas nos últimos anos. No entanto, o custo da construção continua subindo, refletindo o impacto da valorização dos materiais e o peso da mão de obra no orçamento das obras.

A expectativa agora está voltada para os próximos meses, à medida que a demanda do setor imobiliário e a política econômica nacional poderão influenciar diretamente a variação dos insumos e o custo final das construções no estado.

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