O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou a sessão desta quarta-feira (12) com alta de 0,29%, aos 123.863,50 pontos, após operar dentro de uma faixa estreita entre 122.969,29 e 124.048,45 pontos.
O pregão foi marcado pela divulgação da inflação no Brasil e nos EUA, além do vencimento de opções sobre o índice, que impulsionou o volume financeiro para R$ 36,1 bilhões.
Na semana, o índice acumula perda de 0,94%, reduzindo a valorização no mês para 0,87% e no ano para 2,98%.
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Petrobras e grandes bancos sustentaram alta do Ibovespa
O pregão foi de movimentação mista para as principais ações do índice. A Petrobras (PETR3 +0,36%; PETR4 estável) acompanhou a alta do petróleo — mas em um ritmo mais modesto — que subiu cerca de 2% em Londres e Nova York, após uma forte queda nos estoques de gasolina nos EUA.
A Vale (VALE3) caiu 1,25%, devolvendo parte dos ganhos do dia anterior. Entre os bancos, a Santander (SANB11) avançou 0,21%, Itaú (ITUB4) subiu 0,31% e Bradesco (BBDC3) avançou 0,48%, apresentando uma recuperação ao fim do pregão.
Na ponta positiva do Ibovespa estiveram Cogna (COGN3) com alta de 5,45%, Raia Drogasil (RADL3), com alta de 4,97% e Minerva (BEEF3), que subiu 4,26%. Do outro lado, Azzas (-12,98%), Braskem (-4,02%) e Automob (-3,85%) tiveram os piores desempenhos da sessão.
A queda da Azzas refletiu a reação negativa do mercado ao balanço do quarto trimestre, em que a companhia reportou lucro 38,5% menor.
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Impacto da inflação do Brasil e dos EUA
Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) veio abaixo das expectativas, trazendo alívio para os mercados. No Brasil, porém, o IPCA acelerou, registrando 1,31% em fevereiro, levando a taxa acumulada em 12 meses para 5,06%.
A inflação mais alta no Brasil reforça a expectativa de que o Banco Central eleve a Selic para 14,25% em março. A projeção do Focus para a inflação segue em alta, mantendo a postura conservadora do BC.
Cenário externo e protecionismo americano
Nos mercados internacionais, os principais índices de Nova York fecharam sem direção única. A cautela se deve ao aumento das tarifas comerciais dos EUA sobre aço e alumínio, que gerou retaliações da União Europeia e do Canadá.
O cenário de juros elevados no Brasil e protecionismo americano adiciona volatilidade ao mercado local, reduzindo o apetite por ativos de risco, como ações.
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