Tensões comerciais de Trump com Brasil e China impactam mercados

A volatilidade nos mercados financeiros segue intensa, impulsionada por incertezas políticas e econômicas nos Estados Unidos, China e Brasil. A política tarifária do presidente americano Donald Trump e os impactos da desaceleração econômica brasileira foram alguns dos principais fatores que movimentaram os mercados em fevereiro.

As políticas protecionistas dos EUA e as tensões comerciais com a China ditaram o ritmo do mercado em fevereiro e impactara as projeções de crescimento global e a confiança dos investidores.

A análise é de Pablo Piero, sócio da Wiser | BTG Pactual, que apresentou um panorama das últimas movimentações do mercado no novo episódio do podcast Radar Financeiro. Veja a análise na íntegra abaixo:

  • 👨‍🎓Tenha fácil acesso a universidades da Europa. Garante sua cidadania italiana ou portuguesa com a Pátria Cidadania.

Impacto das políticas de Trump nos mercados

Nos EUA, as tarifas impostas por Trump a produtos estrangeiros geram incerteza, pressionando os mercados e levando as empresas a adotarem projeções mais conservadoras. O Federal Reserve (Fed) enfrenta um cenário desafiador, com inflação persistente e mercado de trabalho aquecido, o que pode manter os juros elevados por mais tempo.

“A política comercial agressiva dos EUA impacta diretamente os mercados globais e mantém os investidores cautelosos, refletindo-se nas projeções das empresas e na volatilidade dos índices americanos”, analisa Piero.

China mantém meta de crescimento mesmo com guerra comercial com Trump

Mesmo com feriados prolongados no início do ano, a China reafirmou seu objetivo de crescimento de 5% para 2025 e respondeu às tarifas americanas com retaliações diretas. Segundo o analista, a economia chinesa ainda demanda novos estímulos para manter esse ritmo.

  • 🔥 Seu dinheiro pode render muito mais! Receba um plano de investimentos gratuito, criado sob medida para você. [Acesse agora!]

Em sua análise, Piero afirma que o crescimento chinês pode ser um fator de equilíbrio no cenário global, mas a guerra comercial com os EUA segue como um risco relevante para os mercados.

Bolsa em queda, real em alta

Em fevereiro, o Ibovespa registrou queda de 2,5%, pressionado pelo cenário global e pela instabilidade política local. O real, por outro lado, se valorizou frente ao dólar, acompanhando a desvalorização da moeda americana no mercado internacional.

Já o índice de fundos imobiliários (IFIX) teve alta de 3,4%, revertendo cinco meses seguidos de perdas, enquanto o Bitcoin recuou 17% após um ataque hacker à corretora Bybit, que gerou desconfiança entre investidores.

  • 📈 Quer investir como os grandes? Veja os ativos selecionados pelos especialistas do BTG – 100% grátis!

Indicadores desaceleram no Brasil

No Brasil, os dados de atividade econômica mostraram sinais de desaceleração, com quedas no consumo e na produção industrial. A inflação acima do esperado aumenta a pressão sobre o Banco Central e sobre o governo, que busca equilibrar medidas populistas e responsabilidade fiscal.

“O governo está entre a cruz e a espada, tentando conter a inflação sem comprometer a popularidade, enquanto analistas já revisam para baixo as projeções de crescimento para 2025”, avalia Piero.

Além disso, a recente reforma ministerial e possíveis intervenções na Petrobras adicionam mais incerteza ao cenário interno. Para março, Piero aponta que os mercados continuarão atentos às políticas de Trump, além das medidas tomadas pelo governo para controlar a inflação.

O post Tensões comerciais de Trump com Brasil e China impactam mercados apareceu primeiro em Monitor do Mercado.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.