A deputada federal Dayany Bittencourt (União-CE) pediu na última terça-feira (11) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que adote “medidas urgentes” para combater os ataques criminosos a provedores de internet e garantir a segurança pública no Ceará.
Entre as principais ações propostas pela parlamentar em ofício ao ministro, está o reforço da Força Nacional de Segurança Pública, com a proteção aos trabalhadores e empresas de telecomunicações e operações integradas com inteligência.
A deputada ainda sugere, caso essas medidas não sejam suficientes para conter a escalada da violência no estado, seja promovido Decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o que seria uma “alternativa intermediária à intervenção federal, permitindo o uso das Forças Armadas para restabelecer a ordem pública de forma temporária e focalizada”.
No plenário da Câmara dos Deputados, Dayany apresentou a proposta, afirmando que as facções criminosas estão ganhando cada vez mais espaço no Ceará e fez críticas sobre a atuação do governador Elmano de Freitas (PT) e da vice-governadora Jade Romero (MDB) em meio à crise.
“Estes ataques têm causado sérios prejuízos à população, que vê seu direito fundamental à comunicação e ao acesso à informação ser violado de forma sistemática”, ressaltou a deputada no ofício.
A parlamentar cearense questionou quais medidas o Governo Federal está adotando para auxiliar o estado do Ceará no combate aos ataques promovidos por facções criminosas e alertou que esses grupos estão impedindo os trabalhadores das provedoras de reparar os danos causados, agravando ainda mais a situação e deixando comunidades inteiras sem acesso à internet.
Ataques a provedores de internet
Ataques a provedores de internet têm se intensificado no Ceará no início deste ano, em Fortaleza e Região Metropolitana, também no interior do estado. Nos três primeiros meses de 2025, ao menos quatro munícipios – Fortaleza, Caucaia, São Gonçalo do Amarante e Caridade – foram alvos de ataques. Nesta quarta-feira (12), a Polícia Civil do Ceará (PCCE) deflagrou a “Operação Strike” na Capital e outros municípios para combater grupos criminosos responsáveis por esses ataques, cumprindo dez mandados de prisão e apreendendo três armas de fogo.
Além disso, o Governo do Estado criou o governador Elmano de Freitas anunciou a criação de um grupo especial de investigação para intensificar os trabalhos contra os grupos criminosos responsáveis pelos ataques.
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