As exportações brasileiras de carne suína tiveram um crescimento de 17% em fevereiro, alcançando 114,4 mil toneladas, o melhor resultado já registrado para um mês de fevereiro desde o início da série histórica.
Esse volume supera as 97,8 mil toneladas embarcadas no mesmo período de 2024. Em receita, a alta foi de 32,6%, totalizando US$ 272,9 milhões no mesmo período de comparação, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
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No acumulado do primeiro bimestre de 2025, as exportações atingiram 220,4 mil toneladas, um avanço de 11,6% em relação ao mesmo período de 2024. O faturamento também apresentou crescimento significativo, somando US$ 510,9 milhões, um aumento de 26,2%.
Força da proteína brasileira no mercado internacional
Segundo o especialista Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, os dados comparativos do Comex Stat do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, sobre a exportação de carne suína, de 1.088 milhão de toneladas e receita de US$ 2,6 bilhões em 2023, seguida por 1.180 milhão de toneladas e receita de US$ 2,8 bilhões em 2024, demonstram a força que a proteína suína brasileira tem no mercado internacional.
Segundo ele, em 2025 o mercado brasileiro está mostrando ainda mais vigor, com potencial de superar os recordes dos anos anteriores se forem mantidos os resultados de fevereiro.
Os números robustos também refletem a fidelidades dos clientes à proteína brasileira. Com esse impulso no setor de exportação, o Brasil está pronto para superar os desafios e aproveitar novas oportunidades do mercado internacional.
Para Gioielli, a constância e a expansão dos mercados brasileiros falam por si, destacando a qualidade e a competitividade da produção nacional no cenário global.
Novo acordo com Singapura fortalece exportações
O Brasil firmou um acordo de regionalização com Singapura para o comércio de carne suína, reforçando a segurança sanitária e ampliando o acesso ao mercado asiático, com Singapura ocupando a sexta posição entre os principais destinos do produto.
A medida busca consolidar o país como fornecedor confiável, principalmente em um cenário de surtos globais de peste suína africana. A adoção de rígidos protocolos de biossegurança e inovações no setor contribui para essa expansão, diante da qualidade e segurança exigidas pelo mercado asiático, um dos mais rigorosos.
Principais destinos da carne suína brasileira
As Filipinas lideram o crescimento entre os destinos da carne suína brasileira, com 23 mil toneladas importadas, um aumento de 72% em relação ao ano anterior. Já a China, historicamente o maior comprador, reduziu suas compras em 26,2%, importando 19,4 mil toneladas.
Outros países também apresentaram aumento na demanda:
- Hong Kong: 13,4 mil toneladas (+49,8%)
- Japão: 9 mil toneladas (+61,8%)
- Chile: 8,3 mil toneladas (-0,2%)
- Singapura: 6,5 mil toneladas (+3,6%)
- Argentina: 4,8 mil toneladas (+313,1%)
- Uruguai: 3,6 mil toneladas (+13,1%)
- Costa do Marfim: 3,1 mil toneladas (+58,4%)
- Vietnã: 3 mil toneladas (+64,8%)
O México também se destacou em fevereiro, com mais de 2 mil toneladas importadas, impulsionado pela renovação do programa de segurança alimentar do país.
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Estados brasileiros que mais exportam carne suína
Entre as regiões do país que comercializam a proteína, Santa Catarina segue como o maior exportador de carne suína do Brasil, com 61,8 mil toneladas enviadas ao exterior em fevereiro, um aumento de 14,2%.
Em seguida, aparecem Rio Grande do Sul, com 23,9 mil toneladas (+13,8%) e o Paraná, com 17,9 mil toneladas (+48,1%).
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