O ministro da Energia de Israel, Eli Cohen, anunciou neste domingo (9/03) que determinou a interrupção imediata do fornecimento de eletricidade para a Faixa de Gaza. A medida visa pressionar o Hamas a libertar reféns israelenses mantidos no território palestino. Embora tenha pouco impacto imediato, já que Tel Aviv cortou a energia da região no início da guerra, a ação pode afetar serviços essenciais.
O novo bloqueio se soma a outras sanções impostas por Israel ao território, que já enfrenta uma grave crise humanitária após 15 meses de conflito intenso. Há uma semana, o governo israelense suspendeu a entrada de ajuda humanitária em Gaza sob a mesma justificativa.
O endurecimento das restrições ocorre no momento em que mediadores tentam viabilizar uma nova fase do cessar-fogo, que está em vigor desde janeiro. A primeira fase do cessar-fogo, que durou seis semanas, resultou na troca de 25 reféns israelenses e oito corpos por 1.800 prisioneiros palestinos detidos em Israel. Além disso, permitiu a entrada de alimentos e suprimentos médicos em Gaza, agora novamente bloqueados.
A segunda fase inclui a retirada completa de Israel de Gaza, o fim do bloqueio, a reconstrução do território e apoio financeiro para a recuperação da região. O governo israelense, no entanto, tem resistido a esses termos. Apesar do fim da fase inicial da trégua, a tensão entre as partes permanece elevada, com episódios isolados de violência. Neste domingo, Israel realizou um ataque aéreo contra um grupo de combatentes no norte de Gaza, alegando que os alvos estavam tentando plantar um artefato explosivo próximo a tropas israelenses.
O incidente reforça a fragilidade da trégua e a incerteza sobre os próximos passos do conflito, que continua a impactar milhares de civis na região.
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