O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o pregão desta quarta-feira (5) em leve alta de 0,2%, aos 123.046,85 pontos, impulsionado pelo movimento de correção, que recuperou parte da queda de 1,6% na sessão anterior.
Dados econômicos dos Estados Unidos (EUA) divulgados no Livro Bege, do Federal Reserve (Fed) somado às incertezas do mercado norte-americano acerca das tarifas impostas por Trump também favoreceram o real e ajudaram a manter o Ibovespa estável.
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No mercado internacional, a guerra comercial e conflitos geopolíticos continuam em foco. O presidente dos Estados Unidos. Donald Trump, decidiu adiar em um mês as tarifas sobre montadoras cujos carros atendem aos critérios do acordo Estados Unidos-México-Canadá, aliviando temporiamente as tensões comerciais.
No âmbito das negociações para encerrar os conflitos entre Rússia e Ucrânia, a Europa mostrou disposição em aumentar os gastos com defesas militares, considerando que não devem mais contar com os EUA como aliado da OTAN.
No entanto, a Suprema Corte dos EUA obriga Trump a manter ajuda externa. A Ucrânia segue aberta ao acordo de paz mediado pelos Estados Unidos.
No Brasil, as tensões atreladas à guerra comercial já mostram seus reflexos e geram preocupação após o Brasil ser mencionado por Donald Trump entre os países que cobram “tarifas injustas” sobre produtos dos EUA e sofrerão sanções recíprocas.
Com a sobretaxa de 25% sobre o aço prevista para 12 de março, o presidente-executivo do Instituto Aço Brasil espera que o país consiga renegociar o acordo de cotas de exportação firmado com os americanos em 2018 e amenizar os impactos na indústria.
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Em meio às incertezas globais e expectativa par a divulgação de dados econômicos da Europa e dos EUA, o dólar abriu em leve alta de 0,08%, a R$ 5,76 e o dólar futuro avança 0,33%, a R$ 5,78. Os juros futuros também abriram em alta, enquanto o Ibovespa futuro cede 0,10%, aos 124.670 pontos.
Manchetes desta manhã
- Tributação de dividendos pode se espelhar em OCDE (Valor)
- Suprema Corte dos EUA obriga Trump a manter ajuda externa (Globo)
- Renegociação das dívidas dos Estados pode custar R$ 1,3 trilhão ao governo (Folha)
- Governo aposta que etanol será o foco das tarifas dos EUA (Estadão)
Mercado global
As bolsas da Europa operam sem direção definida, na expectativa pela reunião do Banco Central Europeu (BCE), que cortou as taxas cinco vezes desde junho de 2024 e anunciou uma redução de 25 pb na taxa de depósito, para 2,5%.
O mercado também aguarda o discurso da presidente Christine Lagarde, que deve dar sinais para um direcionamento da política monetária, em meio à incertezas globais, com impacto das tarifas comerciais impostas pelos EUA.
No contexto dos conflitos geopolíticos, a Alemanha e a Comissão Europeia anunciam mudanças nas regras fiscais para aumentar os gastos com defesa e infraestrutura, podendo impactar o crescimento nos próximos anos.
Na Ásia, os índices encerraram o pregão desta quinta-feira majoritariamente em alta, com exceção de Taiwan, após Trump adiar por um mês a tarifa sobre importações de veículos.
Na bolsa de Hong Kong, a alta foi de mais de 3% e montadoras, como Honda, Kia e Nissan, também subiram em todas as praças, sustentando os índices.
Em Nova York, os índices futuros seguem em queda, após alta impulsionada por expectativas de concessões tarifárias. Por outro lado, o rendimento (yield) dos títulos americanos (treasuries) estão em alta, à espera da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e dados sobre a economia dos EUA.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -1%
• STOXX 600 -0,5%
• FTSE 100 -0,9%
• Nikkei 225 +0,8%
• Shanghai SE Comp. +1,2%
• MSCI EM +1,3%
• Dollar Index estável
• Yield 10 anos +2,5bps a 4,3033%
• Bitcoin +1,2% a US$ 91494,06
Commodities
- Petróleo: sobe após perder o nível dos US$ 70 em meio a preocupações com a demanda. O Brent/maio sobe 0,32%, a US$ 69,52 e o WTI/abril avança 0,39%, a US$ 66,57.
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,45% em Dalian, na China, cotado a US$ 106,58/ton. Em Singapura, os contratos futuros sobem 0,55%, cotados a US$ 100,25/ton e o mercado à vista avança 0,50%, cotado a US$ 101,30/ton.
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Cenário internacional
Nos Estados Unidos, expectativa para a divulgação de indicadores econômicos importantes, como a balança comercial de janeiro e os pedidos semanais de seguro-desemprego, às 10h30.
No pré-mercado de NY, os ADRs da Alibaba sobem 2,7% e, em Hong Kong, os papéis dispararam 7%, após o grupo de tecnologia chinês apresentar um modelo de inteligência artificial em código aberto para competir com o DeepSeek.
O mercado também aguarda apreensivo pela decisão de juros do BCE, que será divulgada às 10h15, com entrevista coletiva da presidente Christine Lagarde, na sequência, às 10h45.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda de hoje traz a divulgação do fluxo cambial semanal pelo Banco Central e o leilão de LTNs e NTN-Fs doTesouro, às 11h. Para esta sexta-feira, (7) é aguardado o PIB do 4º trimestre.
Entre os compromissos do dia, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, conversa hoje, às 17h30, com o ministro do comércio dos EUA, Howard Lutnick para tentar renegociar o acordo de cotas de exportação firmado com os americanos em 2018 e amenizar as sanções tarifárias para siderúrgicas.
No mercado corporativo, destaque para a valorização das ações da Embraer (+8,8%), ainda refletindo balanço do 4º trimestre, e da Marfrig (+7%), após ficar de fora da lista de suspensão de compras de carne bovina pela China.
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Destaques no mercado corporativo
- Eletrobras: anunciou a captação de R$ 500 milhões para a Eletronorte, segundo publicação da Bloomberg.
- Eneva: iniciou a operação comercial da usina termelétrica Parnaíba VI.
- Oi: assinou a venda da unidade produtiva de fibra óptica, ClientCo, para a V.Tal por R$ 5,71 bilhões.
- BlackRock: reduziu participação na EZTEC de 5,18% para 3,43%.
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