Em entrevista ao podcast “Happy Sad Confused”, a atriz Winona Ryder revelou recentemente que ela e Keanu Reeves se chamam de “marido” e “mulher” quando se comunicam por mensagens. A explicação remonta ao filme “Drácula de Bram Stoker” (1992), de Francis Ford Coppola, quando Reeves e Winona interpretaram o casal Jonathan e Mina Harker.
Em entrevistas anteriores, eles contaram que nas gravações do longa-metragem padres verdadeiros celebraram o casamento, o que os fez se “sentirem efetivamente casados”. “Por exemplo, no aniversário dele eu digo: ‘Feliz aniversário, meu marido’. E então ele diz: ‘Ei, esposa, eu te amo’”, explicou Winona Ryder. O filme, dirigido pelo aclamado Francis Ford Coppola (“O Poderoso Chefão”), é uma das adaptações mais celebradas do clássico livro “Drácula”, do escritor irlandês Bram Stocker. Na trama, Gary Oldman interpreta o lendário Conde Drácula. Nascido em 8/11/1847 em Dublin, na Irlanda, Bram começou a escrever seus primeiros ensaios aos 16 anos. Mas foi em 26/5/1897, quando já tinha 50 anos de idade, que ocorreu o lançamento de uma obra-prima do terror sobrenatural. O livro é um romance epistolar, pois é contado em forma de cartas, relatos do noticiário e registros de bordo. O autor nunca aparece. Os personagens e os fatos é que falam por si. O Conde Drácula tem tamanha força na literatura que inspirou obras no cinema, a exemplo do filme de Coppola, e no teatro. Drácula é classificado como horror gótico, pela ambientação que inclui castelos medievais e símbolos místicos do século XVIII. Antes de escrever Drácula, Stoker passou anos pesquisando o folclore europeu e a mitologia dos vampiros. Uma maneira de abordar crenças mantidas na época por camponeses de áreas remotas do continente.A criação de Bram Stoker colocou a Romênia nos holofotes, já que a Transilvânia – área montanhosa do país – tem presença preponderante na narrativa. Drácula se passa na região da cordilheira dos Cárpatos, com um relevo sombrio perfeito para o clima imaginado pelo escritor. Até hoje, uma das principais atrações da Romênia é o Castelo de Bran, conhecido como Castelo de Drácula, ao pé dos Montes Cárpatos. Muita gente vai ao Leste Europeu para vivenciar o clima de mistério local. A área tem fortalezas medievais com colônias nos arredores. Foi no Castelo de Bran que viveu o Príncipe Vlad Tepes, cuja perversidade inspirou Stoker na caracterização do conde-vampiro.O castelo neogótico construído em 1212 tem passagens secretas criadas para a proteção do príncipe. Consta que Vlad ficou escondido em masmorras durante uma invasão otomana. O castelo expõe armas e equipamentos de tortura que renderam a Vlad a fama de um dos monarcas mais cruéis da história. Curiosamente, os romenos não gostam muito de associar o Castelo de Bran à lenda de Drácula, pois acham que o local tem uma relevância histórica que deve ser a prioridade para o país. Assim, eles preferem destacar a importância da construção para a memória cultural da Romênia e não a visão folclórica de um autor estrangeiroO castelo fica perto da cidade de Brasov, que serve para estadia dos visitantes e que, por si só, tem atrativos históricos e culturais que agradam aos turistas. A cidade tem cerca de 290 mil habitantes. Foi fundada em 1211 por cavaleiros da Ordem Teutônica e colonizada pelos saxões. Logo se tornou uma das sete cidadelas muradas da Transilvânia, rodeada pelos Montes Cárpatos.