A pecuária do Mato Grosso — a maior do país — registrou queda histórica no número de matrizes (fêmeas em idade reprodutiva). Em 2024, o número de matrizes caiu para 13 milhões de cabeças, atingindo o menor nível desde 2019, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) divulgados pelo site TheAgriBiz.
A participação das matrizes no rebanho total também atingiu um patamar de queda histórico, representando apenas 61% do total de fêmeas no estado.
A queda no número de matrizes é atribuída especialmente ao aumento do abate de vacas para venda de carne, podendo afetar a produção futura de bezerros e, consequentemente, a oferta de gado no mercado.
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Ciclo da pecuária e impactos para o mercado
O especialista Guto Gioielli, do Portal das Commodities, esclarece que o ciclo pecuário consiste na retenção ou não das fêmeas, ou seja, de sua destinação para o abate ou para a reposição de fêmeas mais velhas, usadas para a procriação.
Diante da discussão do mercado sobre os possíveis impactos da redução do número de matrizes, Gioielli avalia que o ciclo de baixa parece estar se encerrando. Como impactos esperados, há uma projeção de alta dos preços, pela redução da projeção de novos bezerros para abate.
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Escassez influencia investimentos
Esses acontecimentos são sinais da virada do ciclo natural da pecuária bovina, que, por consequência, interfere na demanda pelo boi gordo e no ciclo de preços da carne no mercado.
Como principais impactos desse momento, a escassez de gado para abate pode pressionar os custos para os frigoríficos, enquanto pecuaristas podem se beneficiar de uma possível valorização do boi gordo.
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