Nos últimos anos, Campinas tem vivenciado um aumento significativo no número de leilões de imóveis. Em 2022, a Caixa Econômica Federal leiloou 59 imóveis na cidade. Esse número subiu para 69 em 2023 e, em 2024, houve um salto para 169 imóveis leiloados, incluindo casas, apartamentos e terrenos. Esse fenômeno não é exclusivo de Campinas, mas reflete uma tendência nacional.
Em nível nacional, a Caixa Econômica Federal leiloou 9 mil imóveis em 2022, 26 mil em 2023 e 51 mil em 2024. Atualmente, cerca de 26 mil imóveis estão disponíveis para leilão no site do banco. Esse aumento expressivo levanta questões sobre os fatores que impulsionam essa tendência e as implicações para o mercado imobiliário.
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Por que os leilões de imóveis estão aumentando?
De acordo com especialistas, a pandemia de COVID-19 desempenhou um papel crucial no aumento dos leilões de imóveis. Muitas pessoas enfrentaram dificuldades financeiras e não conseguiram manter os pagamentos de seus financiamentos imobiliários. Além disso, a inadimplência crescente no país contribuiu para o aumento dos leilões.
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O advogado Davi Campos Haddad destaca que a Caixa Econômica Federal, sendo a maior instituição financeira envolvida em financiamentos imobiliários, tem uma participação significativa nesse cenário. A penhora de bens para saldar dívidas também é um fator que impulsiona o aumento dos leilões.
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Como a dívida trabalhista afeta os leilões de imóveis?
Casos de dívida trabalhista também podem resultar em leilões de imóveis. Um exemplo é o de Marcos Ferreira Santos, que perdeu um imóvel devido a uma dívida milionária resultante de uma sociedade empresarial mal-sucedida nos anos 1990. A propriedade, onde viviam sua filha e neta, foi vendida por um valor muito abaixo do mercado.
Esses casos ilustram como dívidas antigas podem ter consequências duradouras, afetando não apenas os proprietários, mas também suas famílias. A venda de imóveis em leilão, muitas vezes por valores reduzidos, pode ser uma solução para credores, mas representa uma perda significativa para os devedores.
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Quais são as oportunidades e riscos nos leilões de imóveis?
Para aqueles interessados em adquirir imóveis por meio de leilões, é essencial estar ciente dos riscos e oportunidades. Guilherme Pecini, dono de uma empresa de leilões, aconselha que os compradores estudem o assunto antes de se arriscarem. Imóveis ocupados podem representar boas oportunidades, mas exigem um processo cuidadoso de aquisição.
Com o aumento da inadimplência e das taxas de juros, a tendência é que a oferta de imóveis em leilão continue crescendo em 2025. Os interessados devem estar preparados para lidar com as complexidades legais e financeiras envolvidas nesse tipo de transação.
Qual é a posição da Caixa Econômica?
A Caixa Econômica Federal afirma que oferece alternativas de negociação para que os mutuários possam retomar o fluxo regular de pagamentos. Entre as opções estão a incorporação de prestações vencidas ao saldo devedor e o pagamento parcial das parcelas por até seis meses.
O banco destaca que a retomada do imóvel é a última alternativa, visando sempre que possível manter o mutuário em sua residência. As informações sobre imóveis disponíveis para leilão e as exigências para participação estão disponíveis nos editais de venda, acessíveis pela internet.
O post A Caixa tem 26 Mil imóveis à venda – Como encontrar o melhor negócio? apareceu primeiro em Monitor do Mercado.
