PDG começa a circular a tese de que foi vítima de proposta falsa

A PDG Realty (PDGR3) voltou a se pronunciar sobre a divulgação de um documento falso pela diretoria de Relações com Investidores (RI) — caso que veio à tona após reportagem exclusiva do Monitor do Mercado.

Nesta segunda-feira (24), a companhia começou a circular, em fato relevante, a tese de que foi vítima de uma proposta falsa. De acordo com o documento, a retirada repentina da oferta sugere que as conversas podem ter sido “apenas instrumentos utilizados na tentativa de obter informações ou vantagens indevidas”.

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A falta de uma resposta contundente ao problema mantém o mercado em estado de alerta, que continua suspeitando de uma possível manipulação no preço das ações. Isso porque após a divulgação da proposta as ações chegaram a triplicar.

Por fim, a PDG afirmou que está adotando medidas para entender a origem e o contexto da proposta, bem como para avaliar as ações legais cabíveis.

Entenda o “caso PDG“

Tudo começou no último dia 19, quando a PDG divulgou um fato relevante nesta semana informando que teria recebido uma proposta de aquisição da SHKP Real State Development, empresa supostamente ligada à gigante imobiliária chinesa Sun Hung Kai Properties (SHKP).

Enquanto o mercado absorvia a notícia e especulava sobre uma possível recuperação da PDG, as ações da empresa chegaram a triplicar de preço, subindo de R$ 0,01 para R$ 0,03.

Monitor do Mercado notou, no entanto, que o e-mail do signatário da proposta e o site mencionado no documento divulgados são inexistentes. O suposto responsável pela oferta, Chen Wei, também não consta na lista de diretores da SHKP nem aparece em nenhuma comunicação oficial da empresa chinesa.

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Em comunicado enviado ao Monitor, a Sun Hung Kai Properties esclareceu que não tem qualquer relação com a empresa citada no fato relevante da PDG, nem com variações do nome como SHKP Global Properties, Sun Hung Kai Global ou outras denominações mencionadas no documento.

Além disso, afirmou que não submeteu nenhuma oferta para adquirir qualquer empresa no Brasil e que tomará as medidas cabíveis para proteger seus direitos.

Manipulação de mercado?

A divulgação do documento falso foi feita imediatamente após uma chamativa explosão no volume de negociações das ações da companhia.

Em 2024, até 14 de fevereiro, a média de negociações dos papéis PDGR3 era de R$ 67 mil por dia. Nos dias 17 e 18 deste mês, entretanto, antes da divulgação da suposta proposta de aquisição, o volume negociado escalou para R$ 2,22 milhões e R$ 3,19 milhões.

O fato relevante, com a “proposta de aquisição” da companhia falsamente atribuída à gigante chinesa Sun Hung Kai Properties (SHKP) foi divulgado no dia 19, fazendo o volume de negociações atingir o pico de R$ 9 milhões e o valor dos papéis chegar a até R$ 0,03, no dia seguinte.

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Com o aumento do preço dos papéis quase triplicando o investimento de quem os comprou antes da divulgação, a movimentação sugeriu que alguns investidores já estavam se posicionando para lucrar com a suposta oferta antes mesmo de ela ser tornada pública, ampliando as suspeitas de manipulação de mercado, segundo investidores ouvidos pelo Monitor.

CVM abre processo preliminar contra a construtora

A repercussão dos fatos levou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a abrir, na sexta-feira, um processo preliminar com base nas informações divulgadas pela empresa e pela imprensa, segundo o jornal O Globo.

Neste processo, a entidade irá investigar para a construtora para ver se cabe transformar o caso em inquérito ou processo sancionador.

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