Brasil tem em 2024 o pior ano em acidentes aéreos da década, e números de 2025 já preocupam

O Brasil registrou um aumento significativo nos acidentes aéreos em 2024, tornando-se o pior ano para a aviação desde 2015, segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Além do crescimento no número total de acidentes, o índice de fatalidades quase dobrou em relação a 2023.

No ano passado, foram contabilizados 175 acidentes com 44 mortes, além de 2.500 incidentes. O índice de fatalidades chegou a 86,3%, um aumento expressivo comparado a 2023, quando 107 pessoas morreram em ocorrências aéreas no país.

Em 2025, o ritmo preocupante se mantém. Apenas nos dois primeiros meses do ano, já foram 30 acidentes, 8 deles com vítimas fatais, além de 247 incidentes e 14 incidentes graves. O cenário segue similar a 2024, quando 38 acidentes e 8 mortes foram registrados no mesmo período.

Causas dos acidentes e incidentes

Os principais fatores responsáveis pelos incidentes e incidentes graves em 2024 foram:

  • Falha ou mau funcionamento de sistemas e componentes
  • Colisões com aves, registrando 927 ocorrências
  • Falha ou mau funcionamento do motor, responsável por 11 acidentes graves
  • Excursão na pista, quando a aeronave sai da superfície durante decolagem ou aterrissagem, com 7 ocorrências

Em 2025, os dados preliminares indicam que as falhas mecânicas continuam sendo a principal causa de incidentes e acidentes graves.

São Paulo lidera em número de acidentes

O estado de São Paulo segue na liderança do ranking de ocorrências aéreas, com 706 incidentes e 31 acidentes registrados em 2024.

Já Minas Gerais aparece no topo do ranking de acidentes fatais em 2025, com 5 ocorrências até o momento.

A fase de voo mais crítica segue sendo a de cruzeiro, com 44 acidentes em 2024, seguida do pouso, que registrou 39 ocorrências.

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