Violência no Ceará: acelerado processo de mexicanização

É preciso perguntar:
1.O governo do Ceará dará as respostas esperadas pelo povo cearense na seara da Segurança Pública?
2.Como enfrentar o crime?
3.O governo do Ceará vai esperar que o “ronco das ruas” se volte contra o governo do presidente Lula, que vem perdendo popularidade no Nordeste por conta da violência urbana e do desemprego?
Seja como for, não dá para escamotear que estamos em acelerado processo de mexicanização do Brasil – irreversível? – , enquanto a elite política se aliena cada vez mais da dura realidade do povão e da classe média.
No México, outro país infeliz – e condenado ao fracasso, como, de resto, a América Latina inteira – o narcotráfico é [talvez] o negócio mais próspero de todos: a estrutura da maioria das organizações criminosas [Los Zetas, cartel do Golfo,etc.] é muito semelhante à de operações de consórcios financeiros, segundo especialistas. Há organizações que funcionam agregando dezenas ou centenas de pequenos grupos de traficantes: cada um opera como se fosse uma franquia de uma marca registrada e pode até mesmo, em algum momento, trabalhar para outro cartel.
É exatamente isso que estamos assistindo no Ceará! E as facções avançam para influenciar as relações jurídicas, políticas e bancárias – o que já acontece à larga no Rio de Janeiro, um estado condenado ao fracasso e ao crime – conforme a DEA [Agência Antidrogas dos EUA] os cartéis mexicanos movimentam anualmente 35 bilhões de dólares… e trouxe consigo a extorsão, o sequestro, o roubo e a pirataria…
A cada dia, mais jovens são recrutados para o crime organizado. A cada dia mais chacinas no estado do Ceará, no litoral, nas serras e nos sertões… A cada dia, mais jovens são mortos ou presos… A cada dia, mais chacinas diante da inoperância e incompetência do Estado…
Por derradeiro, vamos lembrar aqui que “o ‘modus operandi’ utilizado pelos cartéis mexicanos se caracteriza pelos assassinatos indiscriminados, execuções públicas, exposição de corpos esquartejados, ataques a postos das forças de segurança, atentados com explosivos, sequestros, extorsão, chantagem, corrupção e infiltração estatal, moldando um lamentável quadro em que o povo, infelizmente, torna-se a principal vítima e refém desse estado de coisas. Tal situação propiciou que, a partir de 2010, surgissem em algumas cidades as “milícias populares”, que buscavam fazer justiça com as próprias mãos e combater os cartéis que brutalizavam a população”.
“É a trágica fotografia que resume a mexicanização do Brasil.”
Avante!

FERNANDO MAGALHÃES
ASS. TÉC. DA ALECE

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