A mídia e a manipulação da popularidade de Lula: a quem interessa o desgaste do Governo?

Nos últimos meses, temos acompanhado uma movimentação intensa da imprensa em torno das pesquisas que indicam uma suposta queda vertiginosa na popularidade do presidente Lula. No entanto, essa narrativa entra em contradição com outras sondagens que mostram o presidente vencendo qualquer adversário em eventuais disputas eleitorais, sugerindo que há algo de estranho na forma como os dados estão sendo apresentados.

A grande mídia, historicamente alinhada com setores conservadores e comprometida com interesses do mercado financeiro, tem feito um esforço notável para desacreditar as ações do governo. Em particular, o discurso midiático tem sido agressivo na questão da inflação dos alimentos, ignorando deliberadamente que o problema se agravou a partir do desmonte dos postos reguladores da CONAB no governo Bolsonaro. O agronegócio, um dos principais beneficiários dessa política desastrosa, continua a influenciar os preços ao reter produtos no mercado interno, priorizando exportações e descartando excedentes para manter os preços elevados.

Outro fator frequentemente utilizado contra Lula são os juros altos, um legado do desgoverno anterior. A taxa básica de juros, mantida artificialmente elevada, tem dificultado a retomada econômica e prejudicado a população mais vulnerável. Apesar da pressão do governo para reduzi-los, o Banco Central, ainda sob influência de políticas neoliberais, tem resistido às mudanças necessárias. A expectativa é que, com as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM), haja avanços nessa questão, mas a grande mídia finge ignorar esse contexto e insiste em vender a ideia de fracasso.

A recente decisão do governo de explorar petróleo na Margem Equatorial também tem sido alvo de ataques ferrenhos. A história se repete: no passado, quando o Brasil descobriu o pré-sal, houve uma ofensiva semelhante que culminou no impeachment de Dilma Rousseff. Hoje, vemos novamente um embate onde as multinacionais do setor petrolífero e seus aliados tentam minar a soberania brasileira sobre seus recursos naturais. A exploração da Margem Equatorial representa uma oportunidade estratégica para fortalecer a Petrobras e garantir segurança energética ao país, mas os interesses externos buscam desestabilizar o governo a qualquer custo. Podemos observar que os países ao norte do Brasil, exploram petróleo nessa região, sob os auspícios das grandes petroleiras sem nenhuma contestação.

Diante desse cenário, é evidente que a imprensa tradicional tem se comportado de forma parcial, distorcendo informações e omitindo conquistas importantes da atual gestão. Esse tipo de desinformação não só prejudica a imagem do governo, mas também confunde a população, que passa a acreditar na existência de uma crise inexistente ou artificialmente ampliada.
Lula herdou um país fragilizado, com altos índices de fome, desemprego e retrocessos institucionais promovidos pela gestão anterior. No entanto, aqueles que conseguem enxergar além da cortina de fumaça midiática percebem que as políticas públicas do atual governo estão gerando avanços concretos, especialmente para a parcela mais pobre da população.

O verdadeiro beneficiado pelo desgaste de Lula é a extrema-direita, que se alimenta do caos e da manipulação dos fatos como único caminho para retornar ao poder. Caso a oposição consiga impor sua narrativa e retomar o governo nas próximas eleições, o resultado será catastrófico para os brasileiros mais necessitados, que podem reviver os tempos sombrios das “filas do osso” e do abandono estatal. Isso sem levarmos ainda em consideração que destruirão a imagem do país mundo a fora, como foi feito no governo passado, que não tinha nenhum protagonismo no cenário internacional. Quem não lembra da imagem pitoresca do ex-presidente comendo pizza no meio da rua, por ser impedido de acessar à uma reunião de grandes líderes mundiais?

O desafio agora é manter a lucidez diante desse cenário de manipulação e continuar apoiando políticas que favoreçam o desenvolvimento nacional, resistindo à pressão daqueles que querem transformar o Brasil em um joguete dos interesses do capital internacional e da elite financista.
Não podemos admitir que nosso país seja colocado, como Milei está fazendo na Argentina, como uma colônia americana.

EDMAR XIMENES
GEÓLOGO

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