Gastos da comitiva de Janja e ministro na Itália já ultrapassam R$ 140 mil

A viagem à Itália liderada por Rosângela Lula da Silva, a Janja, e pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), já acumula um custo de aproximadamente R$ 140 mil, segundo levantamento publicado pelo jornal O Estado de São Paulo (Estadão) nesta quinta-feira (13).

O valor inclui diárias internacionais que variam de R$ 6 mil a R$ 17 mil, mas não engloba as despesas com passagens aéreas de toda a comitiva e os gastos pessoais de Janja. A equipe que acompanha a primeira-dama e o ministro conta com pelo menos 12 integrantes.

De acordo com o Estadão, duas funcionárias do Ministério da Fazenda, que ocupam cargos na estrutura do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), também tiveram suas passagens custeadas pelo governo.

Além disso, conforme revelado pela Folha de São Paulo, a Presidência da República gastou R$ 24 mil apenas para bancar a viagem de quatro assessores da primeira-dama. Cada um deles recebeu R$ 6 mil por 2,5 diárias internacionais. O governo autorizou o afastamento dos assessores de 9 a 14 de fevereiro.

Posicionamento do governo

Procurado pela reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) afirmou que os custos totais da viagem serão publicados no Diário Oficial da União (DOU), mas não informou a data exata da divulgação.

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República e a assessoria de Janja não responderam aos questionamentos da imprensa até o momento.

Detalhes da viagem oficial

Janja viajou para Roma no domingo (9), acompanhada do ministro Wellington Dias, que foi eleito na terça-feira (11) como presidente do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A eleição ocorreu durante um evento do FIDA, órgão vinculado à ONU.

Durante seu discurso na abertura do evento, Janja afirmou que os sistemas alimentares atuais perpetuam desigualdades. Na quarta-feira (12), a primeira-dama teve uma audiência com o Papa Francisco no Vaticano e disse, por meio das redes sociais, que conversou com o pontífice sobre a saúde do presidente Lula e os desafios do combate à fome no mundo.

Pressão por transparência na agenda da primeira-dama

Janja passou a divulgar sua agenda de compromissos no início deste mês, após críticas sobre o sigilo de suas atividades. A Transparência Internacional Brasil, por meio do seu diretor-executivo, Bruno Brandão, cobrou a publicação das atividades da primeira-dama, alegando que ela exerce um papel público relevante e deve seguir princípios de transparência e prestação de contas.

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