Queda de Lula nas pesquisas e disparada da inflação no país une a oposição, que voltará às ruas dia 16 de março

Queda de Lula nas pesquisas e disparada da inflação no país une a oposição, que voltará às ruas dia 16 de março 1
Foto: Reprodução/Jair Bolsonaro

A queda na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontada pelo Datafolha, impulsionou a mobilização da oposição para os atos programados para 16 de março em diversas cidades do país. Diferentemente de manifestações anteriores, que tinham como foco o Supremo Tribunal Federal (STF) e a regulação das redes sociais, desta vez, o tema central será a economia.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos principais articuladores dos protestos, vê o atual cenário como um reflexo da insatisfação popular. “O Lula está derretendo, reflexo da indignação das pessoas. Os partidos de centro já começaram a pular fora. Se caminhar desse jeito, o fim vai ser igual ao da Dilma [Rousseff]”, afirmou. O parlamentar também atribui parte do desgaste do presidente às críticas sobre o monitoramento do Pix, tema que ganhou repercussão após um de seus vídeos.

Nos bastidores, líderes do centrão começam a demonstrar insatisfação com o governo. O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do Progressistas, avalia que Lula enfrenta um processo semelhante ao da ex-presidente Dilma Rousseff, afastada do cargo em 2016. “Eu antigamente achava difícil que ele chegasse no ponto da Dilma, já que o Lula é um monstro político. Mas caminha a passos largos para isso. Está completamente blindado, longe das pessoas, longe da realidade”, declarou.

Apesar do crescente descontentamento na base aliada, o cenário político ainda é favorável ao governo, que mantém apoio significativo no Congresso. O PP, partido de Nogueira, integra a Esplanada dos Ministérios com André Fufuca no comando da pasta do Esporte. Segundo o senador, há movimentações internas para uma possível devolução da cadeira ministerial. “Tem muita gente me procurando do partido para a gente devolver o nosso ministério, quanto mais querer outro. Estou planejando reunir o partido para decidir isso”, disse. Além de Fufuca, há articulações para acomodar o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) em um novo ministério.

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