O Brasil enfrenta uma intensa onda de calor que tem afetado diversas regiões do país. As temperaturas têm se mantido acima da média, trazendo preocupações tanto para a população quanto para os meteorologistas. No Rio de Janeiro, por exemplo, as temperaturas podem atingir 39°C, enquanto em São Paulo, os termômetros podem marcar até 32 °C. Essa situação é resultado de um bloqueio atmosférico que impede a formação de nuvens de chuva e intensifica o calor.
Apesar da presença de uma frente fria marítima que traz umidade para o estado de São Paulo, a onda de calor não dá sinais de que vai terminar em breve. As previsões indicam que as temperaturas podem permanecer elevadas até o final de fevereiro, com picos de calor esperados para a próxima semana. Esse fenômeno climático tem levado as capitais do Sudeste a registrarem algumas das maiores temperaturas do ano.
Quais regiões estão sendo mais afetadas?
A onda de calor não está restrita a uma única área. Nove estados e o Distrito Federal estão enfrentando temperaturas significativamente acima da média. Entre eles estão o norte do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, sul do Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Bahia e o extremo sul do Piauí. Para ser caracterizada como uma onda de calor, as temperaturas precisam estar 5°C acima da média por pelo menos cinco dias consecutivos.
O meteorologista Fábio Luengo da Climatempo destaca que, embora o calor seja generalizado, cada local pode experimentar variações no dia em que o pico de temperatura será registrado. A situação é agravada pelo bloqueio atmosférico, que é um sistema de alta pressão que intensifica a circulação do ar de cima para baixo, aumentando as temperaturas e dificultando a formação de nuvens de chuva.
Como a onda de calor afeta o clima no Sul do Brasil?
Enquanto o Sudeste e outras regiões enfrentam calor extremo, o Sul do Brasil tem uma previsão climática diferente. Uma frente fria avançou pelo Rio Grande do Sul, trazendo fortes temporais para a região. Essa frente fria, ao se encontrar com a massa de ar quente, cria condições propícias para tempestades intensas. O leste do Rio Grande do Sul e o sul de Santa Catarina podem registrar até 100 milímetros de chuva por dia, aumentando o risco de deslizamentos e transbordamentos de rios.
Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), essas condições devem persistir até o final da semana, com possibilidade de se estenderem para o fim de semana. A combinação de calor no centro do país e temporais no Sul ilustra a diversidade climática que o Brasil pode experimentar simultaneamente.
O que esperar nos próximos dias?
As previsões indicam que a onda de calor deve continuar afetando o Brasil até pelo menos o dia 24 de fevereiro. Durante esse período, é esperado que algumas capitais registrem as maiores temperaturas do ano. No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Belo Horizonte já atingiram recordes de calor para 2025. As chuvas, quando ocorrem, tendem a ser isoladas e de curta duração, resultado do calor e da umidade presentes na atmosfera.
É importante que a população esteja atenta às recomendações das autoridades para lidar com o calor extremo, como a ingestão de líquidos e a proteção contra a exposição solar excessiva. Enquanto isso, no Sul, a atenção deve ser voltada para os riscos associados aos temporais, como enchentes e deslizamentos.
Como a população pode se preparar?
Para enfrentar a onda de calor, é essencial que a população adote medidas de precaução. Manter-se hidratado, evitar a exposição ao sol nos horários de pico e utilizar roupas leves são algumas das recomendações. Além disso, é importante estar atento às atualizações meteorológicas e seguir as orientações das autoridades locais.
No Sul, onde os temporais são uma preocupação, a população deve estar preparada para possíveis emergências, como enchentes e deslizamentos. Ter um plano de evacuação e manter-se informado sobre as condições climáticas são passos fundamentais para garantir a segurança durante esse período de instabilidade climática.
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