O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o pregão desta quinta-feira (13) em alta de 0,38%, aos 124.850,18 pontos, após forte queda na sessão anterior, quando recuou 1,69%.
O movimento de recuperação do índice foi motivado principalmente pelo desempenho das blue chips — Vale (+0,13%), Petrobras ON (+0,28%) e PN (+0,11%) e entre os grandes bancos, destaque para o Bradesco, com as ações ON em alta de 1,79% e as PN avançando 1,37%.
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No mercado internacional, destaque para o anúncio de Donald Trump nesta quinta-feira (13), sobre a implementação de tarifas recíprocas contra países que impõem restrições a produtos americanos, porém, que não entrarão imediatamente em vigor, devendo ser efetivadas apenas em abril.
O atraso na aplicação das tarifas trouxe certo alívio e otimismo do mercado em relação à negociação das tarifas comerciais. Por outro lado, o presidente dos Estados Unidos destacou que a aplicação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) pode ser ainda mais punitiva que as tarifas comerciais.
A atenção do mercado nesta sexta-feira (14) também estará voltada para a Conferência de Segurança de Munique, que reúne as principais potências ocidentais para discutir as negociações para solucionar os conflitos Rússia-Ucrânia.
No Brasil, sem Trump no radar, a agenda segue mais tranquila, com forte tendência de que o foco do mercado retorne ao cenário fiscal.
Entre os indicadores econômicos importantes, destaque para a divulgação da PNAD Contínua, que foi de 6,2% no 4º trimestre, sem variação significativa frente ao trimestre anterior (6,4%) e 1,2% menor que o mesmo período em 2023 (7,4%). Os dados do IBGE revelaram queda do índice de desemprego em 3 das 27 unidades da Federação.
Hoje, o dólar abriu em leve alta de 0,01%, a R$ 5,76, enquanto o dólar futuro sobe 0,07%, a R$ 5,78. Os juros futuros abriram em queda, enquanto o Ibovespa futuro sobe 0,03%, aos 127.180 pontos.
Manchetes desta manhã
- Trump anuncia tarifas recíprocas; Casa Branca cita etanol e produtos agropecuários do Brasil (Valor)
- Trump escala guerra comercial, cita etanol do Brasil e despreza efeito inflacionário (Globo)
- Tarifa sobre etanol prejudica empresas e estados americanos, dizem produtores brasileiros (Folha)
- Tarifas de Trump ameaçam triangulação de siderúrgicas brasileiras com México (Folha)
- Recurso fora do Orçamento será alvo de pente-fino pelo TCU (Valor)
- Se EUA taxarem aço brasileiro, vamos denunciar na OMC ou taxar produtos que importamos deles, diz Lula (Estadão)
Mercado global
As bolsas da Europa operam mistas nesta ultima sessão da semana, em meio à realização de lucros em algumas praças e com o alívio após o adiamento da imposição de tarifas recíprocas aos parceiros comerciais dos Estados Unidos, inclusive a União Europeia.
O índice Stoxx 600 bateu recorde, impulsionando o Goldman Sachs a aumentar sua meta de preço de 12 meses, com menor prêmio de risco, preços de energia reduzidos, maior confiança do consumidor e crescimento econômico mais forte como principais fatores.
Na Ásia, os índices encerraram mais uma sessão de forma mista, com mais tranquilidade, ainda que de curto prazo, em relação às tarifas recíprocas dos EUA.
No Japão, o índice Nikkei fechou no negativo com uma provável realização de lucros pelos investidores; enquanto na China o desempenho foi positivo. O índice Hang Seng se destacou com a alta das ações do setor de saúde e tecnologia.
Em Nova York, o S&P 500 futuro cai 0,1%, o Stoxx Europe opera estável, o Nikkei fechou em baixa de 0,8% e o Shanghai +0,4%.
Confira os principais índices do mercado:
• FTSE 100 -0,2%
• MSCI EM +1%
• Dollar Index -0,2%
• Yield 10 anos estável a 4,5249%
• Petróleo WTI +0,4% a US$ 71,59 barril
• Futuro do minério em Singapura -0,5% a US$ 105,95
• Bitcoin +0,7% a US$ 97154,44
Commodities
- Petróleo: quebra sequência de três semanas de perdas com guerra comercial adiada. O Brent/abril sobe 0,35%, a US$ 75,28 e o WTI/março avança 0,24%, a US$ 71,46. Os contratos devem subir cerca de 1% na semana.
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,98% em Dalian, na China, cotado a US$ 111,60/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 0,70%, cotados a US$ 105,90/ton e o mercado à vista recua 0,37%, cotado a US$ 106,55/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, destaque para a divulgação dos dados sobre as vendas no varejo de janeiro às 10h30, com projeção do mercado de queda de 0,2% ante dezembro. Logo depois, às 11h15, sai a produção industrial de janeiro.
Na Zona do Euro, o PIB avançou 0,9% no 4º trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023.
Para a próxima semana, destaque para a inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido e a divulgação da ata do FOMC na quarta-feira (19). Na sexta-feira (21) saem os dados de PMI da Zona do Euro e dos EUA.
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Cenário nacional
No Brasil, a semana encerra com a divulgação da PNAD Contínua às 9h. Na próxima semana, a agenda segue esvaziada, com destaque para o tradicional Boletim Focus e IBC-Br de dezembro na segunda-feira (17).
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula concedeu entrevista a uma rádio no Pará no início da manhã e participa às 15h10 de ato de anúncio de investimentos da Vale. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa às 10h de evento na Fiesp, que será aberto à imprensa e com transmissão online.
Na continuação do calendário de resultados corporativos, para hoje estão previstos os balanços da Usiminas, Raízen e Porto Seguro. Na próxima semana, a temporada de balanços tem como destaque a divulgação dos números da BB Seguridade, Carrefour Brasil, Grupo Pão de Açúcar (GPA), Banco do Brasil, Gerdau, Vale, B3 e Lojas Renner.
Destaques no mercado corporativo
- Caixa Seguridade: teve lucro de R$ 3,76 bilhões em 2024, alta de 5,1%.
- Vale: avalia a venda de 70% da Aliança Energia, incluindo os ativos de energia Sol do Cerrado e Consórcio Candonga, para a Global Infrastructure Partners (GIP).
- Petrobras: A 1ª parcela do JCP referente ao 3º trimestre de 2024 será paga em 20 de fevereiro, com valor bruto de R$ 0,6754 por ação ordinária e preferencial.
- Casas Bahia: Operação de FIDC iniciada com captação de R$ 300 milhões e previsão de R$ 500 milhões.
- Copel: SPX aumenta participação para 5,35% das ações ordinárias, sem intenção de controle, nem alteração da estrutura administrativa.
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