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Mauro Caseri foi nomeado em dezembro pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), no lugar de Cláudio Silva, crítico ferrenho das ações da PM nas periferias. Tarcísio comprou câmeras que não gravam ininterruptamente. Advogado Mauro Caseri assume a Ouvidoria da Polícia de São Paulo até o final de 2026
Reprodução/TV Globo
Defensor do uso das câmeras corporais com gravação ininterrupta para policiais militares, o advogado Mauro Caseri assumiu na quinta-feira (13) o comando da Ouvidoria da Polícia de São Paulo.
O novo ouvidor tomou posse durante cerimônia realizada na sede da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo(OAB-SP), no centro da capital paulista. Algumas autoridades participaram do evento.
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Mauro substituirá o ouvidor Cláudio Silva. O advogado ficará no cargo até o final de 2026. Ele foi nomeado em dezembro de 2024 para assumir a função após decisão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Tarcísio escolhe terceiro colocado de lista tríplice como novo ouvidor da polícia de SP
O mandatário do estado de São Paulo optou por Mauro após receber uma lista com três nomes mais votados para a Ouvidoria. O advogado havia sido o terceiro candidato mais votado.
Câmeras corporais
Governo de SP testa novas câmeras corporais da PM, em São José dos Campos
José Eymard/TV Vanguarda
Em janeiro, Mauro chegou a dizer publicamente que defendia “gravação ininterrupta” das câmeras corporais usadas pela Polícia Militar (PM) nas fardas de seus agentes. As filmagens visam gravar as ações policiais durante ocorrências.
Novo ouvidor da Polícia de SP defende câmeras corporais com gravação ininterrupta: ‘Precisamos de mais câmeras’
Segundo especialistas em segurança pública, as câmeras servem tanto para proteger as versões dadas por PMs durante uma operação, quanto garantem a integridade física de suspeitos de crimes e da população, evitando eventuais abusos, excessos ou violência policial.
O governo Tarcísio é contra o uso da gravação ininterrupta das câmeras corporais por policiais militares. Na quarta-feira (12), a gestão entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão liminar (provisória) do ministro Luís Roberto Barroso que determinou o uso obrigatório das câmeras corporais com gravação ininterrupta.
Segundo a Procuradoria Geral do Estado (PGE) do governo paulista, a liminar de Barroso geraria um “valor excessivo que envolve gravação e armazenamento ininterrupto de imagens em resolução superior” para o estado.
Governo de SP e ‘ouvidoria paralela’
Tarcisio de Freitas
Reprodução/TV Globo
A Ouvidoria da Polícia é um órgão que tem autonomia para receber denúncias da população sobre irregularidades e ilegalidades cometidas por policiais no estado, sejam eles policiais militares ou policiais civis. De posse das reclamações, a instituição pode acionar as autoridades competentes para investigarem as queixas.
Durante a sua posse, Mauro não comentou o impasse em São Paulo sobre o uso das câmeras corporais pelos PMs. Em seu discurso, o novo ouvidor falou que “aos que insistem em sacar a arma do atraso, da vingança, do desrespeito aos direitos humanos, dizemos: ‘Ainda estamos aqui’.
Mauro ainda falou que irá reformar a estrutura da Ouvidoria, que fica na região central, e comentou que convidou uma vítima de violência policial, uma mulher negra formada em direito, para trabalhar com ele no órgão.
Além disso, disse a plateia que a partir do momento que assumiu o cargo, passou a andar com a escolta de dois policiais militares por questões de segurança. A medida é corriqueira e sempre é adotada com quem assume a Ouvidoria.
Mauro tem 65 anos. Além de advogado, ele já teve passagens pelo Partido dos Trabalhadores (PT), chegando a se filiar a ele durante a juventude. Atualmente está afastado das atividades políticas.
Antes de tomar posse, Caseri chegou também chegou a se posicionar contra a criação de uma “ouvidoria paralela” feita pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmando que a Ouvidoria das Polícias de São Paulo já atende às demandas da sociedade.
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