O movimento foi impulsionado pelo otimismo em relação às negociações para um possível cessar-fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia, mediadas por Trump. A expectativa de um desfecho positivo também beneficiou as bolsas europeias, com destaque para a Alemanha, que registrou um novo recorde de fechamento.
Impacto nos preços do petróleo e inflação
Caso o cessar-fogo seja concretizado, a tendência é de uma redução na pressão sobre as cotações do petróleo no mercado internacional. A queda do preço do barril pode ajudar a aliviar a inflação global, já que o petróleo é um dos principais custos da cadeia produtiva.
Com isso, o mercado ignorou os novos anúncios de tarifas recíprocas feitos por Trump e manteve o foco nas negociações diplomáticas.
Moedas e Ibovespa
No mercado de câmbio, o dólar recuou 0,6% frente a uma cesta de moedas fortes, mas avançou contra o real, encerrando o dia a R$ 5,76.
Já o Ibovespa teve um pregão instável, oscilando entre ganhos e perdas, mas conseguiu fechar em alta de 0,4%, aos 124.850 pontos. O índice foi impactado pelos dados de vendas no varejo, que recuaram 0,1% em dezembro na comparação mensal, mas subiram 4,7% no acumulado do ano — a maior alta em 12 anos.
Apesar do crescimento anual, a desaceleração nos últimos meses gera cautela para o primeiro trimestre de 202X, especialmente com a restrição de crédito e a inflação impactando o consumo.
Ameaça aos BRICS
Outro ponto de atenção para os investidores foi a sinalização de Trump sobre possíveis tarifas de até 100% para produtos vindos de países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
O presidente norte-americano afirmou que, se esses países desafiarem a supremacia do dólar no comércio internacional, poderão enfrentar barreiras tarifárias ainda mais severas.
O mercado acompanhará de perto a reação das potências emergentes a essa ameaça, bem como eventuais desdobramentos na relação comercial entre Brasil e Estados Unidos.
Podcast
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