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Criminosos fazem parte do Comando Vermelho e se especializaram em roubar Hilux e SW4. Os veículos chegam a custar R$ 400 mil. Operação policial prende suspeitos de roubar pick-ups de luxo em Fortaleza e em outros estados
Divulgação/PCCE
Uma megaoperação coordenada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com apoio das polícias do Ceará, Mato Grosso do Sul e Goiás, desmantelou nesta quarta-feira (data) uma organização criminosa especializada em furtos de caminhonetes Toyota Hilux e SW4, veículos de alto luxo usados para financiar o tráfico internacional de drogas.
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A ação, que também ocorreu em Fortaleza, resultou em 26 mandados de prisão (13 preventivas e 13 temporárias), 32 buscas e apreensões e o bloqueio de R$ 7 milhões em contas bancárias ligadas ao grupo.
O g1 apurou quatro pessoas foram presas em Fortaleza, todos encaminhados para a Delegacia de Roubo e Furto de Veículo e Carga.
Troca por drogas e mercado clandestino
A organização atuava em quatro estados e possuía ramificações internacionais. As caminhonetes furtadas no DF eram adulteradas, ocultadas e transportadas para regiões de fronteira com Bolívia e Paraguai, onde eram trocadas por grandes carregamentos de drogas. Parte dos veículos também era desmanchada para venda ilegal de peças ou inserida no mercado clandestino.
O grupo tinha estrutura complexa, dividida em núcleos estratégico, operacional, logístico e financeiro, com funções específicas. Chefes do esquema, vinculadas ao Comando Vermelho, coordenavam desde o planejamento dos furtos — incluindo equipamentos para burlar sistemas de segurança — até a lavagem de dinheiro.
Operação em Fortaleza e cooperação interestadual
Em Fortaleza, os alvos da operação foram levados ao Departamento de Polícia Judiciária Especializada (Delegacia de Roubo e Furto de Veículo e Carga). A cooperação com a Polícia Civil do Ceará foi essencial para rastrear integrantes do núcleo logístico, responsável pelo transporte interestadual dos veículos.
“A organização se retroalimentava do crime. O lucro das drogas era reinvestido em novos furtos, criando um ciclo de violência e ilegalidade”, destacou a Polícia Civil do Distrito Federal, em nota. A investigação começou após um aumento exponencial de roubos de picapes de luxo, todas da mesma marca e modelo, o que indicava ação especializada.
Estrutura hierárquica e prejuízos milionários
O núcleo estratégico, formado pelos líderes, comandava as operações e fornecia tecnologia para os furtos. Já o operacional executava os crimes e adulterava os veículos, enquanto o logístico levava as caminhonetes para fronteiras ou desmanches. O financeiro, por sua vez, lavava o dinheiro e distribuía lucros.
Além do prejuízo milionário com os veículos — cada Hilux pode custar até R$ 400 mil —, a organização criminosa fortalecia o tráfico de drogas, que abastecia o mercado brasileiro. A Polícia Civil ressaltou que a operação interrompeu um fluxo financeiro crucial para o crime organizado.
Os presos responderão por formação de quadrilha, furto qualificado, lavagem de dinheiro e associação ao tráfico. A investigação segue para identificar mais envolvidos e rotas internacionais.
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