O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta quarta-feira (12) em queda de 1,69%, aos 124.380,21 pontos, interrompendo uma sequência de dois dias de alta de 0,76%. O volume negociado foi de R$ 55,8 bilhões, impulsionado pelo vencimento de opções sobre o índice.
A queda foi impactada pela inflação dos Estados Unidos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que veio acima do esperado — subiu 0,5%. Os números reforçam a tese de que o Federal Reserve (Fed) pode adiar cortes na taxa de juros.
Em entrevista ao Estadão Broadcast, Daniel Siluk, diretor global da Janus Henderson, os dados indicam que “o Fed não deve reduzir mais a taxa de juros”. Ele destaca que todas as métricas do CPI vieram acima do esperado e que a taxa básica de juros neutra pode ser mais alta do que o mercado precificava.
Além disso, no Brasil, o setor de serviços registrou uma queda de 0,5% em dezembro de 2024, na comparação com novembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da projeção do mercado, que esperava uma alta de 0,1%.
Destaques do Ibovespa
A Vale, ação de maior peso, fechou em queda de 0,67%. No setor financeiro, as ações do Bradesco despencaram, com ON caindo 3,71% e PN, 4,56%.
A Petrobras também recuou (ON 2,31%; PN 1,49%) refletindo a queda do petróleo acima de 2% no dia. O movimento foi impulsionado pela possibilidade de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.
Entre as maiores altas do dia, ficaram Carrefour Brasil (+2,68%), Vamos (+2,42%) e TIM (+2,19%). Do outro lado, Hapvida (-7,17%), CSN Mineração (-5,83%) e CVC (-5,67%) tiveram os piores desempenhos da sessão. Apenas 9 dos 87 papéis ficaram no azul.
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