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Prefeitura de BH reduziu quase pela metade o número de credenciais distribuídas este ano, mas prejuízo contabilizado no ano passado deixou os ambulantes mais cautelosos Credenciais de ambulantes que vão trabalhar no Carnaval começam a ser entregues em BH
Ambulantes que vão trabalhar no Carnaval de BH começaram a retirar, nesta terça-feira (11), a credencial que libera a comercialização de bebidas e adereços carnavalescos. Entre aqueles que têm experiência, há um clima geral de otimismo mas também de cautela em relação às vendas.
Depois dos prejuízos do ano passado causados pelo excesso de ambulantes nas ruas, a prefeitura acatou o pedido de diminuir o número de credenciais distribuídas. Foram validadas 11,6 mil autorizações, ante mais de 20 mil de 2024. O executivo espera que o Carnaval de 2025 atraia 6 milhões de foliões e movimente cerca de R$ 1 bilhão na economia local.
Com 18 anos de experiência na área, Wagner Souza, de 58 anos, prefere não fazer estoque de produtos para evitar perdas.
“Como no carnaval passado a surpresa foi uma muito grande – com muitas pessoas tendo prejuízos -, prefiro comprar, vender e depois retorno para comprar mais. Não gosto de fazer estoque grande, mesmo trabalhando com vendas o ano todo”, disse ele.
Wagner Souza trabalha como ambulante há 18 anos
Arquivo pessoal
Santos planeja investir pelo menos R$ 2 mil para encher o isopor, por dia. Para convertê-lo em lucro, vai “chegar cedo nos bloquinhos de rua e pegar uma boa posição para trabalhar”, disse ele, que circula em até três blocos por dia e repõe as bebidas ao longo da jornada. O plano é trabalhar em todo o período oficial da folia da capital – 15 de fevereiro a 9 de março – para tentar alcançar R$15 mil de lucro.
A ambulante Lorianne Stephanie, de 33 anos, foi uma das prejudicadas no carnaval passado e passou a adotar a mesma estratégia: pouco estoque.
“Desta vez, comprei bem menos. No ano passado, investi R$8 mil, paguei dois funcionários para trabalharem comigo e só ganhei R$1 mil. Só consegui terminar de vender meu estoque em julho, na Parada do Orgulho LGBTQIA+. Este ano vou comprar à medida que vender”, contou ela.
‘Trabalho mínimo’
Mas há quem adote outra estratégia. O desenvolvedor Daniel Perón, de 39 anos, terá sua primeira experiência como vendedor no Carnaval de BH e vai prezar pelo “trabalho mínimo”. Para alcançar a meta, vai fazer uma única compra e vendê-la ao longo dos quatro dias de carnaval. “Toquei muito tempo nos bloquinhos, depois fui só folião, mas cansei, e agora vou experimentar ser ambulante”, contou.
Retirada até sábado
Ambulantes que receberam autorização da prefeitura para trabalhar no período oficial do Carnaval em BH – 15 de fevereiro a 9 de março – poderão retirar as credenciais até o próximo sábado (15), das 8h às 17h, no Expominas, na Região Oeste da capital.