O Brasil enfrenta um grave retrocesso no combate a incêndios florestais após a decisão do presidente Donald Trump. Em 20 de janeiro de 2025, o republicano determinou a suspensão de todos os projetos internacionais financiados pelos EUA, impactando diretamente um programa de treinamento de brigadistas mantido pelo Serviço Florestal Americano (USFS) e pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
A ordem executiva assinada pelo presidente Trump suspende parceria EUA-Brasil, resultando no congelamento de um programa que, desde 2021, capacitou mais de 3 mil profissionais, incluindo mulheres indígenas. O projeto previa a continuidade das ações até 2026, mas a suspensão coloca seu futuro em risco.
A decisão ocorre em um momento crítico, pois o Brasil enfrenta um aumento recorde nos focos de incêndio. O Programa Queimadas do Inpe revelou que os incêndios cresceram 43,7% na Amazônia, 64,2% no Cerrado e 139% no Pantanal em relação a 2023.
Trump suspende parceria EUA-Brasil: Impactos
A medida assinada por Trump gerou reações negativas entre especialistas e autoridades ambientais. O congelamento da USAID afeta diretamente iniciativas de conservação da biodiversidade, redução do desmatamento e combate a crimes ambientais.
Os principais impactos são:
Paralisação do treinamento de brigadistas: Sem financiamento, novos cursos e capacitações foram cancelados, enfraquecendo a resposta ao fogo.
Redução no suporte ao Ibama e ICMBio: O corte no financiamento prejudica ações que garantiam recursos para prevenção de incêndios.
Fim da assistência técnica do USFS: A troca de conhecimentos entre Brasil e EUA fica comprometida, dificultando a adoção de novas tecnologias no combate ao fogo.
Aumento do risco ambiental: Sem apoio externo, o Brasil pode enfrentar dificuldades para conter incêndios, agravando o desmatamento.
Tensão diplomática: A decisão de Trump levanta questionamentos sobre o futuro das relações EUA-Brasil, afetando outras parcerias ambientais.
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Brasil enfrenta recordes de queimadas
Os números mais recentes do Inpe indicam que o Brasil vive um dos piores cenários ambientais dos últimos anos. Os incêndios florestais cresceram significativamente em 2024, como mostra a tabela abaixo:
Bioma | Aumento de incêndios em 2024 |
---|---|
Amazônia | +43,7% |
Cerrado | +64,2% |
Pantanal | +139% |
A suspensão da USAID e do USFS ocorre exatamente quando o Brasil mais precisa de apoio. Sem esses investimentos, as ações de prevenção e controle de incêndios ficam comprometidas.
O papel da USAID e o impacto da suspensão
A USAID tem sido um parceiro estratégico na preservação ambiental brasileira. Além de financiar o programa de brigadistas, a agência investe em projetos de conservação da Amazônia e combate ao desmatamento ilegal.
No ano passado, a USAID destinou US$ 1 milhão para atender às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Agora, com Trump suspendendo a parceria EUA-Brasil, o acesso a esses recursos fica incerto.
Com o congelamento da agência, alguns serviços online foram desativados. A página do USFS, que exibia informações sobre riscos de incêndios, está fora do ar, gerando incertezas sobre o futuro da cooperação entre os países.
A crise nas relações EUA-Brasil
O primeiro acordo entre Ibama e USFS foi firmado em 1999, e o Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios estava previsto para continuar até 2026. No entanto, a decisão de Trump coloca em risco não apenas essa iniciativa, mas a cooperação ambiental como um todo.
O Ibama afirmou que está buscando alternativas para manter algumas ações planejadas. O governo brasileiro pode tentar realocar recursos internos ou buscar novas parcerias, mas sem o suporte dos EUA, a eficiência da operação pode ser reduzida.
Além do impacto ambiental, a suspensão do programa levanta questões diplomáticas. Nos últimos anos, o Brasil e os EUA mantiveram diversas colaborações ambientais, e a decisão de Trump pode indicar um afastamento entre os países nessa área.
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Trump suspende parceria EUA-Brasil
A decisão de Trump suspende parceria EUA-Brasil representa um grande revés para os esforços de combate a incêndios no Brasil. A suspensão da USAID e do USFS paralisa treinamentos e reduz a capacidade operacional do Ibama, ICMBio e Funai, aumentando os riscos de queimadas descontroladas.
A crise climática exige cooperação internacional, e a interrupção do apoio dos EUA pode ter efeitos devastadores para a preservação ambiental no Brasil. Sem investimentos e suporte técnico, o país enfrenta um desafio ainda maior para conter o desmatamento e a destruição de ecossistemas essenciais.
O Brasil agora precisa buscar novas parcerias e soluções para evitar um colapso ambiental. O combate aos incêndios deve continuar sendo prioridade, independentemente das decisões políticas de governos estrangeiros.
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