A TIM registrou um lucro líquido normalizado de R$ 1,055 bilhão no quarto trimestre de 2024, um avanço de 17,1% em relação ao mesmo período de 2023. O resultado foi o maior já reportado pela companhia. Em 2024, o lucro subiu 6,8%, totalizando R$ 25,4 bilhões.
O crescimento do lucro foi impulsionado pelo aumento da receita com serviços móveis, especialmente no segmento pós-pago, e por medidas de eficiência operacional, que resultaram em ganho de margem, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (11).
O Ebitda normalizado — indicador que mede o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — avançou 6,2% no trimestre, alcançando R$ 3,346 bilhões. A margem Ebitda subiu 0,3 ponto percentual, para 50,5%.
O critério “normalizado” exclui itens considerados não recorrentes, como receitas e despesas extraordinárias.
Alberto Griselli, presidente da TIM, destacou que a empresa atingiu suas metas estratégicas e se prepara para um 2025 marcado pela evolução tecnológica e maior concorrência no setor.
Receita cresce com pós-pago; pré-pago recua
A receita líquida da TIM aumentou 5,7% no trimestre, chegando a R$ 6,631 bilhões. A maior parte veio do segmento móvel, que cresceu 5,4% e alcançou R$ 6,015 bilhões. No segmento fixo, houve leve queda de 0,1%, para R$ 328 milhões. A receita com a venda de aparelhos subiu 19,6%, totalizando R$ 288 milhões.
Dentro do setor móvel, o pós-pago teve alta de 9,5%, refletindo a migração de clientes para planos de maior valor agregado. O Arpu (receita média por usuário) se manteve em R$ 43,1. Já o pré-pago registrou queda de 10,4% na receita, enquanto o Arpu caiu 5,8%, para R$ 14,70, devido à menor recarga dos clientes.
Custos sobem, mas eficiência protege margem
Os custos operacionais normalizados cresceram 5,1%, atingindo R$ 3,285 bilhões no trimestre. O principal fator de alta foi o aumento de 15,7% nas despesas com rede e interconexão, que somaram R$ 1,194 bilhão.
Apesar disso, os custos avançaram em um ritmo menor que a receita, o que ajudou a TIM a manter sua margem de lucro.
Investimentos em 5G e fluxo de caixa
A operadora ampliou os investimentos em 6,4%, totalizando R$ 1,375 bilhão no trimestre. O foco foi a expansão da infraestrutura de rede e a ampliação da cobertura 5G.
O fluxo de caixa livre — dinheiro disponível após os investimentos operacionais — cresceu 19,6%, atingindo R$ 2,354 bilhões.
A dívida líquida da TIM fechou o ano em R$ 10,5 bilhões, com um índice de alavancagem (dívida líquida sobre Ebitda) de 0,83 vez, indicando um nível de endividamento controlado.
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