Essa é a quarta denúncia apresentada pelo Ministério Público, sendo uma por homicídio, duas por tentativas de homicídio, além do feminicídio. Albino Santos de Lima se encontra preso. Considerado serial killer pela Polícia Civil, Albino Santos de Lima foi preso no dia 17 de setembro em casa, no bairro da Ponta Grossa, em Maceió
Reprodução/TV Globo
O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) apresentou nesta segunda-feira (11), mais uma denúncia contra Albino Santos de Lima, conhecido como o “serial killer do Vergel”, elevando para quatro o número de acusações formais contra ele.
Até o momento, ele já responde por um homicídio consumado e duas tentativas de homicídio. Agora, passa a ser denunciado também pelo assassinato da mulher transgênero Louise Gbyson Vieira de Melo, ocorrido em dezembro de 2023.
A nova denúncia, apresentada pela 47ª Promotoria de Justiça da Capital, classifica o crime como feminicídio por motivo torpe, praticado com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O MP segue o entendimento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que recomenda o enquadramento de assassinatos de mulheres trans como feminicídio quando cometidos por homens.
Albino Santos foi indiciado pela polícia por pelo menos, 10 assassinatos. O próximo passo é o juiz decidir se aceita ou se rejeita a denúncia. Se aceitar, o denunciado se torna réu e inicia-se um processo judicial.
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Planejamento minucioso
Segundo a denúncia, Albino Santos de Lima escolhia suas vítimas de forma calculada, monitorando seus perfis nas redes sociais por meses antes de atacá-las. Ele armazenava fotografias, fazia anotações detalhadas e organizava listas com nomes das pessoas que pretendia assassinar, muitas delas marcadas como “odiadas do Instagram” ou “mortes especiais”.
Foi dessa forma que ele chegou até Louise Gbyson. Em 11 de dezembro de 2023, por volta das 21h45, a vítima voltava da escola para casa quando percebeu que estava sendo seguida por um carro. Com medo, pediu ajuda a uma amiga, que a acompanhou até a residência. Em um momento de aparente tranquilidade, Louise foi surpreendida por Albino, que disparou várias vezes contra sua cabeça sem lhe dar chance de defesa.
As investigações revelaram que a arma utilizada no crime era uma pistola calibre 380 pertencente ao pai do acusado, um policial militar da reserva. A mesma arma já havia sido usada por Albino em outros assassinatos.
Investigação foi determinante para encontrar serial killer de Maceió
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