Proposta sugere novo modelo de administração para hospitais e postos de saúde

Proposta sugere novo modelo de administração para hospitais e postos de saúde 1
Foto: Volodymyr Hryshchenko/Unsplash

Um modelo de administração da saúde pública já consolidado em São Paulo começa a ser adotado em outras regiões do Brasil. A iniciativa busca permitir que Organizações Sociais de Saúde (OSS), pertencentes ao setor privado, assumam a gestão de hospitais e unidades de atendimento.

Em Campo Grande (MS), a proposta foi apresentada pelo vereador Rafael Tavares (PL), o parlamentar de direita mais bem votado na cidade que possui cerca de um milhão de habitantes. Se aprovado, o projeto representará uma das mudanças mais expressivas na estrutura da saúde pública da região.

O texto permite que as OSS, entidades privadas sem fins lucrativos, sejam responsáveis pela administração das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e demais serviços de saúde do município.

Esse modelo já funciona em São Paulo, onde hospitais e postos passaram a ser geridos por essas organizações, o que tem resultado na redução de entraves burocráticos, maior agilidade na contratação de profissionais e compra de insumos, além da melhora no atendimento.

A proposta que está sendo discutida na capital de Mato Grosso do Sul prevê uma fase inicial de testes antes da implementação definitiva, com metas a serem cumpridas pelas entidades, sob supervisão rigorosa, garantindo a qualidade dos serviços prestados.

Atualmente, em São Paulo, 52 dos 103 hospitais sob administração do governo estadual são gerenciados por OSS, enquanto os outros 51 seguem sob gestão direta, conforme explicou o secretário de Saúde do estado, Eleuses Paiva. Segundo ele, o modelo não se trata de privatização da saúde, mas de uma parceria com o setor privado para otimizar os serviços públicos.

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