O novo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos deve chegar em Fortaleza, Ceará, nesta sexta-feira (7). A informação foi divulgada pelo governo federal.
O governo do Ceará anunciou que serão 135 imigrantes repatriados nesta viagem. Destes, 80% dos passageiros são de Minas Gerais.
Tempo reduzido
De acordo com o informe do governo, o voo desta sexta “terá novo trajeto, o que reduzirá o tempo total de viagem”. O objetivo é diminuir o tempo no qual os deportados ficarão algemados no avião fretado pelos EUA.
O embarque estava previsto para acontecer na madrugada de hoje em Alexandria, no estado norte-americano de Louisiana. O voo fará uma escala técnica em Porto Rico e, então, seguirá para a capital cearense, onde aterrissará no período da tarde, na Base Aérea de Fortaleza. Em seguida, “em caráter excepcional, a FAB disponibilizará aeronave para o deslocamento até Belo Horizonte”.
O governo também informou que, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um diplomata do Consulado-Geral em Houston acompanhará o embarque dos brasileiros.
“Em Fortaleza e em Belo Horizonte, o Governo Federal montará esquema de recepção e apoio, com base na experiência acumulada nas operações de repatriação anteriores. Nos dois aeroportos, a Polícia Federal fará operação especial para a realização de procedimentos migratórios e de segurança aeroportuária. Em articulação com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, a equipe do Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM), instalado no Aeroporto de Fortaleza, foi mobilizada para receber os brasileiros repatriados”, diz a nota.
Tensões diplomáticas
Este é o segundo voo com deportados dos EUA que chega ao Brasil neste ano. O processo de repatriação tem se tornado cada vez mais frequente em meio às novas políticas migratórias impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Nas primeiras deportações, o governo americano algemou todos os deportados durante o retorno ao país, inclusive aqueles sem registros criminais.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) classificou o incidente como “inaceitável”, e que os brasileiros foram submetidos a um tratamento “degradante”. Segundo o órgão, a ocorrência infringe um acordo estabelecido com os Estados Unidos em 2018.