Mais de 7 mil pessoas deixam ilha grega por atividade sísmica inédita

Mais de sete mil pessoas deixaram Santorini em 48 horas devido aos terremotos sucessivos que atingiram a ilha grega nesta semana, fenômeno sem precedentes na região. Quase seis mil passageiros embarcaram desde o domingo (2) em balsas que começaram a deixar a ilha vulcânica, famosa pelas capelas de cúpulas azuis, segundo contagem da guarda-costeira grega obtida pela agência de notícias AFP.

A companhia aérea grega Aegean Airlines informou que transportou quase 1.300 passageiros de Santorini para Atenas na segunda-feira (3), totalizando nove voos, sendo cinco além dos anteriormente agendados.
A atividade sísmica perto da ilha tem uma sequência sem precedentes nesta região desde o início dos registros, em 1964, segundo dados do Instituto Geodinâmico do Observatório de Atenas. Mais de 180 sismos foram registrados diariamente desde domingo.
Em uma área de aproximadamente 1.000 km² ao redor da ilha, de 24 de janeiro até essa terça-feira, foram contabilizados 750 tremores. “Não temos um terremoto principal, mas uma sequência de muitos terremotos”, observou o professor de Sismologia, Kostas Papazachos.
“Nunca experimentamos algo assim antes”, acrescentou Athanasios Ganas, diretor de pesquisas do Observatório de Atenas. “Agora, temos mais de 41 terremotos superiores à magnitude 4 em um período de 72 horas.”

Um terremoto de magnitude 4,9 foi registrado nessa terça-feira, às 4h45 locais (23h45 da segunda-feira no horário de Brasília) com epicentro no Mar Egeu, a cerca de 31 km de Santorini, informou o Instituto Geodinâmico do Observatório de Atenas.
Pouco depois, às 6h (3h em Brasília), outro tremor de 4,7 ocorreu na mesma área, cerca de 19 km a sudoeste de Amorgos, outra ilha turística no arquipélago das Cíclades que tem menos de dois mil habitantes permanentes.
Cientistas gregos já alertaram que a atividade sísmica, que se intensificou desde sábado (1º), pode continuar por semanas. No entanto, “o cenário de terremotos de magnitude 6 ou mais continua improvável”, disse o presidente da Organização para Planejamento e Proteção Sísmica (OASP), Efthymios Lekkas.
Todas as escolas em Santorini, Amorgos e ilhas vizinhas permanecerão fechadas até sexta-feira, embora as autoridades insistam que são medidas de precaução.

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