O governo federal registrou um déficit primário de R$ 43 bilhões em 2024, equivalente a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme divulgado pelo Tesouro Nacional.
O déficit primário ocorre quando as despesas do governo superam suas receitas tributárias e fiscais, sem incluir os juros da dívida pública.
A situação financeira poderia ter sido ainda mais grave, uma vez que o governo foi obrigado a limitar os gastos devido ao novo arcabouço fiscal, que estabelece que o crescimento real das despesas não pode ultrapassar 2,5% ao ano.
A medida resultou no bloqueio de R$ 17,6 bilhões em despesas, afetando principalmente as áreas de Saúde, Educação e Cidades, com R$ 4,388 bilhões, R$ 3,041 bilhões e R$ 2,471 bilhões bloqueados, respectivamente.
Apesar do déficit, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) insiste em afirmar que a meta fiscal de 2024 foi cumprida, embora o objetivo inicial fosse eliminar o rombo nas contas públicas. A postura tem gerado críticas entre especialistas, que consideram a posição oficial do governo “irresponsável”, “descabível” e “fora da realidade”.