Morning Call: Bolsas globais em queda após escalada de tarifas dos EUA sobre parceiros comerciais

Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou janeiro em queda de 0,61%, aos 126.134,94 pontos, enfraquecido pelo baixo desempenho do setor bancário e ações metálicas, que tiveram queda generalizada, impactando a Vale (-1,56%) e a Metalúrgica Gerdau (-4,09%).

No mês, o índice registrou alta de 4,86% no mês. Na semana, teve um desempenho positivo de 3,01%, sua melhor performance desde agosto.

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No mercado internacional, o clima é de tensão geral, após Trump sancionar tarifas sobre importantes parceiros comerciais neste sábado (1). As tarifas devem afetar US$ 1,3 trilhão em produtos, ou mais de 40% de todas as importações dos EUA.

O presidente dos Estados Unidos também ameaçou taxar os produtos importados da União Europeia. Como reação, as bolsas globais e índices futuros norte-americanos operam em queda e a cotação do petróleo dispara no pregão asiático.

No Brasil, às vésperas da divulgação da ata do Copom, o mercado mantém o foco no cenário fiscal. Segundo reportagem do Estadão publicada neste domingo, os gastos não incluídos no Orçamento/25 pelo governo podem diminuir ou até mesmo anular os efeitos do pacote fiscal aprovado.

Em meio à tensão global devido às tarifas dos Estados Unidos, o dólar abriu em alta de 0,67%, a R$ 5,87 e o dólar futuro aobe 0,51%, a R$ 5,90. Os juros futuros também avançam, enquanto o Ibovespa futuro cai 0,78%, aos 125.760 pontos.

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Manchetes desta manhã

  • Governo negocia Orçamento e medidas de Haddad com nova cúpula do Congresso (Valor)
  • Trump fala em ‘dor’ por tarifaço e deflagra guerra comercial (O Globo)
  • Gás demanda R$ 140 bi em investimentos e atrai grupos de capital privado (Folha)
  • Depois da comida, inflação de serviços entra no foco do BC (Estadão)
  • Desafio do Congresso em 2025 é aprovar o Orçamento e as 25 prioridades de Haddad (Valor)

Mercado global

As bolsas da Europa operam em queda, assim como os principais índices globais, após Trump deflagrar guerra comercial com escalada das tarifas sobre parceiros comerciais. Além das tarifas contra Canadá, México e China, a Europa também receberá sanções tarifárias dos EUA.

Na Ásia, o tarifaço repercute derrubando os índices dias antes de regressarem do feriado do ano novo lunar. A China reagiu declarando que prepara uma proposta para impedir tarifas ainda maiores e mais restrições à tecnologia, além de processar os EUA na Organização Mundial de Comércio (OMC).

Em Nova York, os índices futuros operam em queda. O S&P 500 futuro cai 1,4%, Stoxx Europe recua 1,4% e o Nikkei fechou em baixa de 2,7%.

Confira os principais índices do mercado:

  • FTSE 100 -1,2%
  • Shanghai SE Comp. -0,1%
  • MSCI EM -1,9%
  • Dollar Index +0,9%
  • Yield 10 anos +0,6bps a 4,5449%
  • Petróleo WTI +2,5% a US$ 74,32 barril
  • Futuro do minério em Singapura -1,2% a US$ 104,4
  • Bitcoin -1,8% a US$ 95217,94
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Commodities

  • Petróleo: avança com preocupação sobre fornecimento pós tarifas dos EUA. O Brent para abril sobe 1,59%, a US$ 76,87 e o WTI para março, avança 2,50%, a US$ 74,34.
  • Minério de ferro: Negócios em Dalian seguem fechados em razão do feriado do ano novo lunar; mercado volta a operar na quarta-feira (5). Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 1,42%, cotados a US$ 104,20/ton e o mercado à vista recua 0,85%, cotado a US$ 104,80/ton.
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Cenário internacional

Nos EUA, presidente Donald Trump, admitiu neste domingo que poderia haver algum sofrimento para os consumidores norte-americanos, mas que “valeria o preço”. Trump também afirmou que realizará ligações separadas hoje para os líderes canadense e mexicano.

O primeiro-Ministro canadense, Justin Trudeau, revelou uma contratarifa de 25%, enquanto a líder mexicana, Cláudia Sheinbaum, prometeu taxas retaliatórias.

Na agenda do dia, está prevista a divulgação do PMI industrial de janeiro dos EUA, às 11h45, e o ISM industrial de janeiro, às 12h.

Ao longo da semana, destaque para dados do mercado de trabalho dos EUA, com relatório Jolts na terça-feira (4), relatório ADP na quarta-feira (5) e payroll na sexta-feira (7); além da continuação do calendário de balanços corporativos, com Alphabet (Google) na terça-feira (4) e a Amazon na quinta-feira (6).

Cenário nacional

No Brasil, a agenda da semana iniciou com a divulgação do Boletim Focus. Logo mais, às 10h, destaque para o PMI industrial de janeiro. Durante a semana, serão divulgados ainda a ata do último Copom nesta terça-feira (04) e dados sobre a produção industrial de dezembro, na quarta-feira (5).

Também nesta semana inicia a temporada de balanços referente ao 4º trimestre. Na quarta-feira (5), saem os números do Itaú e Santander e, na sexta-feira (7), do Bradesco.

Entre os compromissos do dia, o presidente Lula tem reuniões hoje com Motta e Alcolumbre e participa, às 14h, da abertura do Ano Judiciário.

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Destaques no mercado corporativo

  • Petrobras: informa hoje, após o fechamento do mercado, o relatório de produção e vendas do 4º trimestre.
    A estatal recebeu R$ 1,025 bilhão da Petro Rio Jaguar, subsidiária da Prio, referente à parcela por venda de participação no campo de Albacora Leste.
  • Azul: a S&P elevou o rating da companhia para “CCC+”, com perspectiva positiva.
  • Natura: o sócio-fundador, Guilherme Leal, reduziu sua participação de 7,166% para 4.166%
  • EZTEC: capitalizou R$ 130 milhões em troca de 47% de Adolpho Lindenberg.
  • Tenda: JPMorgan atingiu 5,03% de participação ON.
  • Caixa Seguridade: pode lançar oferta de ações ainda neste mês e deve levar a operação ao mercado após a publicação do balanço, na segunda semana de fevereiro.
  • Allos: anunciou que fará o resgate antecipado de debêntures da 5ª emissão no dia 14/2.

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