Deputados do bloco de oposição pregam união na Assembleia de olho em 2026

Os deputados de oposição na Assembleia Legislativa do Ceará estão atuando para manter a unidade no grupo como estratégia para se fortalecer para as eleições de 2026. Até o final de 2024, a oposição contava com dez cadeiras no Plenário 13 de Maio, mas podem haver baixas em 2025.
Para o deputado Sargento Reginauro (União), o resultado da disputa pela Prefeitura de Fortaleza deu uma “boa perspectiva” para a oposição nas próximas eleições. Ele destaca que, pelo menos no Legislativo, o alinhamento está sendo mantido. O parlamentar é a favor de “lançar um palanque único no Ceará e fazer uma frente muito forte contra a reeleição do [governador] Elmano, uma vez que o governo está muito desgastado”.

A deputada Dra. Silvana (PL), por outro lado, considera a possibilidade de redução na bancada de oposição na Casa. Ela defende a aproximação entre os opositores do atual governador, mas entende que alguns colegas podem mudar de lado para garantir o apoio do Palácio da Abolição aos prefeitos aliados no interior do Estado.
“O meu mandato é um mandato de oposição dentro de um propósito que eu entendo de quem votou em mim e o que deseja. Você desejar que alguém que era do grupo do [ex-prefeito] Sarto, por exemplo, seja 100% oposição nesse momento. Eu duvido. Mas eu não posso falar pelos colegas. Eu quero que eles permaneçam”, afirma Silvana.

O deputado Queiroz Filho (PDT), mais ligado ao ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), está confiante na união do bloco de oposição. Segundo ele, o Governo do Estado “prometeu muito e está entregando muito pouco”. O pedetista lembrou obras atrasadas no Ceará, como a duplicação do Anel Viário e a Transnordestina. “O meu desejo é que haja esse alinhamento, essa conversa, para que esses três grupos distintos tenham uma centralização do projeto para o que o Ceará precisa.”

União
Após serem derrotados no primeiro turno da disputa pela Prefeitura de Fortaleza, em 2024, o ex-deputado Capitão Wagner (União) e o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) se uniram ao deputado federal André Fernandes (PL) no segundo turno. André perdeu por dez mil votos. O resultado, no entanto, deu ânimo para a oposição.

Embates
Desde 2014, quando o atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT/CE), foi eleito pela primeira vez como governador do Ceará, a oposição não consegue emplacar uma candidatura competitiva. O petista foi reeleito, em 2018, no primeiro turno, com 77% dos votos válidos. Também elegeu o sucessor, Elmano de Freitas (PT), em 2022, no primeiro turno, mesmo após o racha entre PT e PDT.
Elmano não está parado. Ele começou a receber os prefeitos para ouvir as prioridades de cada município e fortalecer alianças.
(Por Maurício Moreira)

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