Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira desabou no dia 22 de dezembro, deixando 14 mortos e três pessoas ainda desaparecidas. A implosão está marcada para 14h deste domingo (2) e deve ser muito rápida, menos de 15 segundos. Ponte JK será implodida neste domingo
Jornal Nacional
A ponte que caiu entre o Tocantins e o Maranhão vai ser implodida neste domingo (2). A operação para posicionar os explosivos foi concluída neste sábado (1º).
Os técnicos passaram este sábado tapando os buracos feitos nos pilares para a colocação minuciosa das dinamites. São 250 quilos de explosivos.
Neste domingo (2), servirão para colocar abaixo as 7.500 toneladas de concreto, aço e asfalto que restam da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou no dia 22 de dezembro deixando 14 mortos e três pessoas ainda desaparecidas.
A implosão está marcada para 14h e deve ser muito rápida, menos de 15 segundos. Moradores de 200 casas em duas cidades — Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) — deverão sair uma hora antes da detonação.
“Todos os idosos, né? A gente vai disponibilizar um ônibus para poder estar retirando e, no caso daqueles que tiverem dificuldade na locomoção, nós também iremos utilizar a ambulância, se caso necessário for, e que vai precisar, né?”, afirma Kellyta Pinheiro Barros, coordenadora da Defesa Civil de Aguiarnópolis.
Os pilares da ponte dos dois lados do rio foram cercados com telas alaranjadas para evitar que escombros acabem sendo arremessados na água em direção às casas na hora da implosão.
Os moradores acompanham a movimentação com muita atenção porque parte das casas já têm rachaduras. Eles temem ainda mais danos.
“Eu não vou ficar aqui dentro de casa, em tempo da casa cair por cima de mim. A minha casa está rachada”, diz o borracheiro Antônio Justino Araújo Neto.
O engenheiro responsável pela implosão da ponte garantiu que o procedimento é seguro. Ele trabalhou em outras implosões emblemáticas como a demolição da antiga Fonte Nova, em Salvador, e a do Edifício Palace Dois, no Rio de Janeiro, condenado depois que um desabamento parcial matou oito pessoas no carnaval de 1998.
Ele diz que as estruturas perto não devem ser abaladas, mas que não vai ser possível evitar que uma pequena parte dos escombros caia dentro do rio.
“A gente vai fazer esse empenho no sentido de que, no leito do canal, caia a menor quantidade de material possível. No caso específico do Maranhão, o balanço avança até 20 metros, é praticamente impossível atingir esse objetivo, mas o nosso planejamento, a sequência de entonação, toda a temporização, vai nesse sentido de tentar mitigar esse efeito”, explica Manoel Jorge Diniz Dias.
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