Polícia Federal apura se R$ 1,1 milhão compraria votos para prefeito reeleito no Pará

A Polícia Federal deflagrou a Operação Stall, nesta quinta (20), para desarticular uma organização criminosa envolvida em crimes de corrupção eleitoral, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro, no interior do Pará. A investigação apura se um montante de R$ 1,1 milhão compraria votos para o prefeito reeleito de Tucuruí, Alexandre Siqueira (MDB). O valor em espécie foi apreendido com um policial militar preso em flagrante, em uma aeronave, em Belém, dois dias antes das eleições de outubro de 2024.

A Prefeitura de Tucuruí é alvo de três dos oito mandados de busca e apreensão cumpridos por policiais federais no município. Outros dois mandados expedidos pela Justiça são cumpridos em Belém, e um em Brasília.

A investigação encontrou indícios de que os exatos R$ 1.149.300,00 em espécie apreendidos teria chegado ao Pará vindo do estado de São Paulo, para a compra de votos em Tucuruí. E a prisão do policial militar levou a PF a aprofundar as investigações e identificar um esquema criminoso, integrado por agentes públicos e empresários, em um complexo mecanismo de desvio de recursos e ocultação de valores ilícitos.

“As apreensões realizadas nesta quinta-feira devem ajudar a confirmar a suspeita de falsificação de documentos e o uso de uma empresa para lavagem de dinheiro movimentado para o crime eleitoral. A investigação segue em andamento e novas diligências serão realizadas para identificar outros envolvidos e aprofundar a análise dos materiais apreendidos. Os suspeitos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção eleitoral, cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de reclusão”, detalhou a Comunicação Social da PF no Pará.

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