Nas cidades da Zona Norte lá pelos anos que antecederam a “era Vargas”, a política praticada fora das épocas de campanhas eleitorais era batizada pelos críticos como “pulitrica”, expressão inexistente que tinha a ver com as futricas políticas. Essa atividade, como se sabe, tem variados aspectos sendo o mais popular deles a partidária que é sempre posta em prática antes dos pleitos na época das campanhas. O que está sendo observado hoje é que muita gente por conta da mania de determinadas lideranças, termina fazendo “pulitrica”, tomando-se como exemplo o que ocorre no nosso estado em relação ao pleito de 2026. Consciente desse espaço temporal, o senador Camilo Santana, hoje às voltas com os grandes problemas do Ministério da Educação, reconhecido aqui e alhures como a maior liderança política do Ceará, tem o seu nome lembrado como um dos possíveis candidatos à sucessão do presidente, se Lula não disputar a reeleição. É fato que o PT enfrentará grandes dificuldades para escolher um candidato que não seja Lula com a sua idade provecta, insistindo pela quarta vez em continuar sendo o principal ator do seu partido. As dificuldades e contradições no exame dos problemas nacionais estão provocando a crença de que a livre manifestação do eleitorado sugere mudanças para retificar o quadro interno do PT. O problema é que o partido não se renovou, os seus líderes são os mesmos da fundação. Todos os outros partidos trocaram suas peças e mudaram os seus dirigentes trazendo novos nomes para oxigenar o organismo da política nacional. A tese mais forte hoje ainda é a favor de Lula para disputar a presidência em 2026. Se for ele o candidato, o PT terá um candidato glorioso marchando para uma derrota fragorosa nas urnas. As suas lideranças são as mesmas da República sindicalista que gerou em 1980 o mais importante movimento de esquerda da América Latina para tomar o poder da aristocracia dominante, elegendo um operário presidente da República. Mas esse tempo acabou.
Saúde à frente. Às voltas com os mais variados problemas na sua administração, o governador Elmano de Freitas tem se desdobrado em levar em frente os seus objetivos em relação ao setor da Saúde. Como prove ele, depois de proporcionar ao setor três Hospitais Regionais, anuncia as licitações destinadas à construção de mais HR, em Baturité, Crateús e Iguatu. Para ele, o alvo é deixar o IJF atendendo e 25% dos pacientes do interior.
Uma salada bem mexida. Ainda sobre o Encontro de Gestores da Aprece, repórteres observadores conseguiram, entre outros pontos, saber que, pelo visto, a escolha dos nomes governistas para o Senado poderá virar “salada política”. Para se ter ideia, teve gente propagando uma chapa situacionista assim constituída: Elmano Jade, Cid e Eunício.
Paz com municípios. O presidente da ENEL-CE, José Nunes, um dos palestrantes do Encontro de Gestores, em vez de azedar as relações daquela entidade com os prefeitos, defende uma aproximação cada vez maior, para o bem de ambas as partes. Na sua política de mais união, ele nem se referiu às muitas milionárias dívidas de Prefeituras com a ENEL.
Respeito aos alunos. Com o reinício do período escolar em Fortaleza, o prefeito Evandro Leitão vai instalar a climatização em salas de aula, bibliotecas, laboratórios e gabinetes. Para ele, não se trata apenas de melhorar o clima nas escolas, mas, sim, de manter essas escolas como as melhores condições em conforto e ensino.
Mais mudanças. Na Câmara Municipal de Fortaleza, continua a onda de adesões ao governo de Evandro. O PDT, que era anti-Elmano, passou-se para a situação com sua bancada sendo liderada pelo vereador e advogado Marcel Colares, filho do deputado Fernando Hugo. Sem necessidade de aderir ao PT ou PSB.
Sem radicalismo. Para o deputado Célio Studart (PSD), o ministro Flávio Dino, do STF, mostrou não haver radicalismos na sua decisão de frear a liberação de emendas. Como prova disso, ele, a pedido da AGU, e não vendo irregularidades, liberou os recursos destinados a quatro grandes instituições de pesquisa, ciência e tecnologia.
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