Mercado de trabalho volta a crescer e cria 1,6 milhão de vagas em 2024

O mercado de trabalho formal encerrou 2024 com um saldo positivo de 1,69 milhão de vagas criadas, voltando a subir na comparação anual após dois anos de quedas consecutivas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quinta-feira (30). O número ficou abaixo da mediana das projeções do mercado, que apontava para a criação de 1,8 milhão de postos.

O setor de serviços liderou a criação de empregos no ano, com 929 mil novas vagas; seguido pelo setor de serviços, que criou 336,1 mil novas vagas; indústria geral, que gerou 306,8 mil novos postos de trabalho; construção civil, com 110,9 mil vagas; e agropecuária, que cresceu em um nível menor, para 10,8 mil novas vagas.

Todas os estados registraram saldo positivo de empregos em 2024. São Paulo foi o estado que mais gerou vagas, com 459.371 novos postos, enquanto Roraima teve o menor saldo positivo, com 6.206 novas vagas criadas.

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O salário médio de admissão no ano foi de R$ 2.177,96, um aumento de 2,59% em relação a 2023.

Caged encerrou dezembro com saldo negativo

O mercado formal de trabalho no Brasil registrou um fechamento líquido de 535.547 postos de trabalho em dezembro. O saldo negativo superou as previsões do mercado, que apontavam para um encerramento de 405.524 vagas na mediana das projeções.

Esse foi o pior desempenho para um mês de dezembro desde 2020, início da série histórica do Novo Caged. No mesmo período de 2023, haviam sido fechadas 451.240 vagas formais. O resultado de dezembro foi consequência de 1.524.251 admissões e 2.059.798 demissões no período.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o fechamento de empregos em dezembro foi pior do que o esperado pelo governo, que previa uma redução entre 430 mil e 450 mil vagas.

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Desempenho dos setores e regiões

Todos os setores da economia apresentaram saldo negativo de empregos em dezembro. O setor de serviços teve o maior fechamento líquido, com 257.703 vagas encerradas, representando quase metade do saldo negativo total do mês. Em seguida, vieram:

  • Indústria: -116.422 vagas
  • Construção civil: -89.673 vagas
  • Agropecuária: -46.672 vagas
  • Comércio: -25.084 vagas

Geograficamente, todas as 27 Unidades da Federação registraram fechamento de vagas formais. São Paulo teve o pior saldo, com 190.569 postos encerrados, enquanto Roraima teve o menor impacto, com redução de 566 vagas.

O salário médio de admissão em dezembro foi de R$ 2.162,22, apresentando alta de 1,57% em relação ao mesmo período de 2023, mas uma leve queda de 0,04% em relação a novembro de 2024.

Especialistas reduziram projeções para 2025

A expectativa dos analistas é de que o mercado de trabalho continue a perder força no início de 2025, impactado por um crescimento econômico mais fraco e pelas restrições da política monetária.

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O economista Leonardo Costa, do ASA, destacou que a desaceleração do mercado de trabalho foi mais intensa do que o esperado. “O saldo de 26 mil vagas na série com ajuste sazonal é o pior resultado mensal desde a crise da pandemia em 2020”, afirmou.

A LCA 4intelligence reduziu sua projeção de criação de empregos para 2025 de 1,4 milhão para 1,3 milhão de vagas, devido às expectativas de desaceleração da economia e de uma política monetária mais restritiva.

O economista Bruno Imaizumi, da LCA, afirmou que a menor criação de vagas reflete o menor crescimento do PIB, que deve ser de 2,3% em 2025, abaixo dos 3% registrados nos últimos anos.

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