O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o pregão desta quarta-feira (29) em queda de 0,5%, aos 123.432,12 pontos. O índice passou a cair após o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, decidir manter a taxa de juros dos EUA entre 4,25% e 4,50% ao ano, o que já era previsto.
O discurso de Powell também pesou sobre o Ibovespa e índices norte-americanos, após admitir incertezas sobre as políticas de Trump e demonstrar falta de clareza em relação aos próximos cortes de juros.
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No mercado internacional, as expectativas estão voltadas à decisão do Banco Central Europeu (BCE), que deve cortar os juros da zona do euro de 3% para 2,75%, segundo estimativas, considerando uma inflação mais contida e o fraco desempenho da economia do bloco.
Nos Estados Unidos, o mercado deve repercutir hoje os resultados da Meta, Microsoft, Tesla, IBM e Whirpool, divulgados após o fechamento.
No Brasil, destaque para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) desta terça-feira, que aumentou em um ponto percentual, para 13,25% ao ano, da taxa básica de juros, a Selic e já sinalizou novo aumento para 14,25% na próxima reunião, conforme previsto.
Nesta quinta-feira, após a decisão sobre os juros no Brasil e nos Estados Unidos, o dólar abriu em alta de 0,80%, a R$ 5,91 e o dólar futuro, avança 1%, a R$ 5,91. Os juros futuros longos abrem em alta e o Ibovespa futuro sobe 0,59% aos 124.675 pontos.
Manchetes desta manhã
- BC aumenta Selic para 13,25% na 1ª reunião com Galípolo no comando (Valor)
- Com popularidade em baixa, Lula planeja turbinar crédito consignado a trabalhador (Estadão)
- IBGE suspende criação de fundação criticada pelo sindicato e servidores (O Globo)
- Preço do gás terá redução a partir do dia 1º, diz presidente da Petrobras (Valor)
Mercado global
As bolsas da Europa operam em alta, na esteira do desempenho de Nova York após os resultados das megatechs e dados de crescimento, antes da decisão política do BCE.
Na Ásia, em semana sem atividade do mercado, devido ao feriado do ano novo lunar, apenas o Japão opera. O índice Nikei encerrou o pregão desta quinta-feira em alta de 0,25%, sustentado por ações de grandes empresas de eletroeletrônicos e do setor de tecnologia.
Em Nova York, o S&P 500 futuro sobe 0,4%, Stoxx Europe avança 0,5% e o Nikkei tem alta de 0,3%.
Confira os principais índices do mercado:
- FTSE 100 +0,3%
- Shanghai SE Comp. -0,1%
- MSCI EM -0,1%
- Dollar Index -0,1%
- Yield 10 anos -2,2bps a 4,5062%
- Petróleo WTI -0,4% a US$ 72,34 barril
- Futuro do minério em Singapura +0,7% a US$ 105,4
- Bitcoin +1,4% a US$ 105229,69
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Commodities
- Petróleo: oscila enquanto os mercados aguardam clareza sobre as tarifas de Trump sobre o Canadá e o México. O Brent/mar recua 0,34%, a US$ 76,32 e o WTI/mar cai 0,40%, a US$ 72,33.
- Minério de ferro: Negócios em Dalian permanecem fechados em razão do feriado do ano novo lunar. Em Singapura, os contratos futuros estão em alta de 0,67%, cotados a US$ 105,70/ton. O mercado à vista está em leve alta de 0,05%, cotado a US$ 101,60/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, destaque para a divulgação de indicadores econômicos, como o PIB dos Estados Unidos (primeira leitura) referente ao quarto trimestre de 2024, às 10h30 e também dos números de pedidos de auxílio-desemprego, pelo Departamento de Trabalho norte-americano.
No calendário dos balanços corporativos, destaque para os resultados da Meta, que registrou receita de US$ 48,4 bilhões, representando um aumento de 21%, acima da projeção dos analistas locais.
Mastercard, Caterpillar e International Paper anunciaram seus resultados antes da abertura do pregão; enquanto Apple, Intel e Visa, devem divulgar os balanços após o fechamento do mercado.
Um grave acidente em Washington envolvendo um dos aviões da American Airlines pode prejudicar o desempenho das ações da companhia nesta quinta-feira.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda do dia traz o anúncio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged ) referente a dezembro, às 10h, e o resultado primário do governo central em 2024, às 14h30.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula tem reunião com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, e o secretário de Imprensa da Secretaria de Comunicação Social, Laércio Portela, às 9h.
Logo mais, às 11h, ele conversa com o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Na parte da tarde, às 15h, Lula recebe integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e, às 17h, ele se reúne com o ministro da Educação, Camilo Santana.
Destaques no mercado corporativo
- Petrobras: o Conselho de Administração da estatal aprovou o cancelamento de 155,5 milhões de ações preferenciais de emissão da companhia mantidas em tesouraria, sem redução do capital social.
- Azul: Rating rebaixado para “SD” (default seletivo) pela S&P Global.
- Telefônica: AGE em 13/3 para deliberar agrupamento e desdobramento de ações.
- Even e Melnick: Parceria para projeto imobiliário em SP (VGV de R$ 700 mi).
- Ecorodovias: Assinou aditivo para reequilíbrio da concessão da BR-135 com governo de MG.
- SoftBank: Em negociações para investir US$ 15-25 bilhões na OpenAI.
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