Thaís Caroline Rodrigues Lopes, de 21 anos, chorou ao ver nome na lista de aprovados e é primeira da família a estudar em uma universidade pública. Estudante foi entrevistada pelo g1 no dia da prova. Thaís (à esquerda) ao lado da mãe, principal inspiração para cursar pedagogia
Thaís Caroline Rodrigues
Após três tentativas no vestibular da Unicamp, Thaís Caroline Rodrigues Lopes, de 21 anos, moradora do distrito do Ouro Verde, em Campinas (SP), foi aprovada em pedagogia e se tornou a primeira da família a ingressar em uma universidade pública.
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Thaís e a mãe foram entrevistadas pelo g1 no dia da prova. À época, a estudante contou sobre o sonho de cursar pedagogia na Unicamp e como via na mãe, monitora de alunos, uma inspiração. “Ela é uma mulher forte, ela nunca desistiu de nada. Então ela é uma grande inspiração para mim”, disse.
Agora, após ser aprovada, Thaís relembra ter conciliado trabalho e cursinho, enfrentado uma rotina intensa de estudo e, no último ano, sofrido um burnout. “Foi um ano bem puxado, mas o apoio da minha psicóloga foi essencial para que eu conseguisse me reerguer”, afirma.
Thaís Caroline Rodrigues Lopes, de 21 anos, ao lado da mãe, Tamara Rita Rodrigues, no dia da prova
Fernando Almeida/g1
‘Fiquei dois dias chorando’
“Acho que fiquei uns dois dias chorando. Eu olhava a lista e não acreditava. Minha professora me mandou o print da aprovação, mas eu precisava ver com meus próprios olhos. Quando entrei no site e confirmei, comecei a chorar, mostrei para minha mãe e fiz a maior festa”, conta Thaís.
A reação da mãe, Tamara Rita Rodrigues, também foi de pura felicidade. Tamara, inclusive, já fez questão de dizer que vai acompanhar a filha no primeiro dia de aula para presenciar o momento especial.
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“Minha mãe sempre lutou muito. Ela me criou sozinha, bancou tudo sozinha e me deu o melhor ensino que pôde. Passar na Unicamp é uma forma de retribuir todo esse esforço”, afirma a estudante.
Thaís trabalhou como monitora, assim como sua mãe, e já tem planos para o futuro. Ela quer se especializar em educação infantil e seguir para a pós-graduação.
“Eu me apaixonei por essa área no dia a dia do meu trabalho. Ver a evolução das crianças é gratificante, e agora quero me aprofundar mais. Também quero fazer iniciação científica e explorar o lado da pesquisa”, conta.
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*Estagiária sob supervisão de Gabriella Ramos.
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