Dólar fecha em R$ 5,86, menor valor em dois meses

Na mínima da sessão de ontem, o dólar chegou a R$ 5,856. Em janeiro, a divisa americana acumula queda de 5,02% frente à moeda brasileira.
A queda do dólar em comparação ao real foi na contramão do que ocorreu com outras divisas.
A moeda americana subia frente à maioria das divisas globais. Por volta das 18h30, o índice DXY, que mede a força do dólar americano em relação a uma cesta de moedas estrangeiras, avançava 0,51%.
Já a Bolsa encerrou com queda firme de 0,64%, aos 124.055 pontos, após avançar quase 2% no pregão anterior. A cotação foi afetada principalmente pela queda de mais de 2% nas ações da Vale.

Investidores repercutiram o início das reuniões de dois dias do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central no Brasil e também do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) para definir a nova taxa de juros de cada país. As decisões serão divulgadas nesta quarta-feira (29). Já a taxa de juros na Europa será anunciada na quinta-feira.

Além disso, os analistas avaliaram as novas críticas feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil e os efeitos da queda global de ações de tecnologia após a repercussão de um modelo chinês de inteligência artificial de baixo custo, a DeepSeek.
O noticiário doméstico esvaziado e a demora do governo Trump em cumprir a promessa de adotar tarifas de importação mais elevadas favorecem o real, segundo analistas financeiros ouvidos pela reportagem, mas não significa que o dólar seguirá no patamar abaixo dos R$ 6.
Os analistas estiveram à espera da ‘superquarta’, quando os bancos centrais do Brasil e dos EUA anunciarão a nova taxa de juros. O BCE (Banco Central Europeu) divulga a sua decisão na quinta-feira (30). A perspectiva é diferente em cada um dos mercados.
Nos EUA, os analistas preveem que o banco central americano manterá a taxa de juros inalterada, entre 4,25% e 4,5%, após terem reduzido os juros em 1 ponto percentual acumulado nos últimos três encontros.

Os europeus esperam uma queda de 0,25 ponto percentual, segundo as apostas de operadores, em meio a forte desaceleração da economia da zona do euro.
No Brasil, o próprio BC já indicou que deve subir a Selic em um ponto percentual, de 12,25% para 13,25% ao ano.
O Copom iniciou a reunião para definir a nova taxa de juros nesta terça. É a primeira reunião sob o comando do novo presidente, Gabriel Galípolo.
“Esperamos que o comunicado do Copom reconheça a deterioração adicional observada das expectativas de inflação e possivelmente também a deterioração da inflação de serviços, mas também sinais emergentes de atividade real mais moderada”, disseram analistas do Goldman Sachs em relatório.

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