A quinta-feira (23) foi marcada como um grande marco para o cinema nacional: filme “Ainda Estou Aqui” recebeu três indicações ao Oscar, premiação de cinema mais antiga em vigor. Pela primeira vez, o Brasil concorre na principal categoria, Melhor Filme, e concorre novamente nas categorias de Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, com a interpretação de Fernanda Torres na obra.
Apesar das indicações em edições anteriores, o país não possuí nenhuma estatueta na premiação, o que gera expectativa entre os brasileiros para esse cenário mudar em 2025 a partir da indicações. No entanto, em todas as indicações, o filme brasileiro não é apontado como favorito, apenas como possibilidade para ganhar.
Categoria Melhor Atriz
Após Fernanda Torres levar o Globo de Ouro inédito como Melhor Atriz em Filme Dramático, por sua atuação em “Ainda Estou Aqui”, o mundo todo voltou os olhos à atriz e ao filme de Walter Salles.
De acordo com a imprensa internacional, a grande favorita da categoria de Melhor Atriz, a qual Fernanda Torres concorre, é a estadunidense Demi Moore, com sua interpretação no filme “A Substância”. Ao lado da disputa está Karla Sofía Gascón, de um dos filmes mais indicados na premiação: “Emília Perez”, e a brasileira Fernanda Torres, que assim como Demi Moore, ganhou o Globo de Ouro.
“Eu ainda acredito que as duas favoritas sejam a Demi Moore e a Karla Sofía Gascón. Eu não acho que ela [Fernanda] vá ganhar. A não ser que ela continue numa campanha, assim, pesada, como ela está fazendo, mas eu acredito que não”, comenta Isabella Faria, crítica de cinema que integra o corpo de votantes do Globo de Ouro.
Melhor Filme e Melhor Filme Internacional
Para o site especializado em previsões de premiações e novidades de entretenimento, Gold Derby, o filme “Emília Perez” é o favorito para vencer o Oscar de Melhor Filme Internacional, e “O Brutalista”, na categoria de Melhor Filme. Contudo, para Fabiana Lima, crítica de cinema, o teor político da obra cinematográfica brasileira pode ser o grande destaque, tendo em vista as discussões políticas ao redor do mundo.
“A gente está falando muito sobre governos de extrema-direita no mundo todo, e acho que isso é muito importante para falar sobre política, que é algo que o Oscar não tocava muito antes, mas agora está tocando mais”, comenta Fabiana Lima.
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