O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o pregão desta terça-feira (21) em alta de 0,39%, aos 123.338 pontos, atingindo seu maior nível desde o início do ano. A alta foi motivada principalmente pela sinalização de que o governo de Trump pode adotar uma postura menos agressiva em relação às tarifas comerciais.
O índice resistiu a fatores adversos, como o giro financeiro baixo devido à cautela dos investidores em relação às políticas de Trump e a desvalorizaçao das ações de maior peso na B3, como Vale (-0,5%) e Petrobrás (-0,84%).
No mercado internacional, o dia é de agenda esvaziada, com destaque para mais um dia do Fórum de Davos, que hoje conta com a participação da presidente do BCE, Christine Lagarde. A expectativa de que Trump pode ser menos agressivo nas tarifas comerciai globais ajuda a sustentar o bom humor do mercado.
No Brasil, a agenda também segue esvaziada de indicadores importantes, com destaque para a divulgação do fluxo cambial semanal do Banco Central (BC) no início da tarde e para o discurso do ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao programa de rádio ‘Bom dia, ministro’, da EBC.
Nesta quarta-feira (22), o dólar abriu em queda de 0,29%, a R$ 6,01 e dólar futuro em baixa de 0,24%, a R$ 6,02. Os juros futuros seguem em linha com a moeda norte-americana, enquanto o Ibovespa futuro sobe 0,22%, aos 124.370 pontos.
Manchetes desta manhã
- Trump rompe com acordo global para imposto mínimo a multinacionais (Valor)
- Efeito Trump corta recursos da saúde global e já afeta COP brasileira (O Globo)
- Agências de risco e bancos já projetam taxas dos EUA ao Brasil (Estadão)
- Petrobras segue com preço defasado, diz mercado (Valor)
- Ainda fora do ‘tarifaço’ de Trump, Brasil deve sofrer impacto em câmbio, juros e comércio (O Globo)
Mercado global
As bolsas da Europa resistem mesmo após ameaça de tarifas e operam em alta na sessão desta quarta-feira. O foco do mercado volta-se ao Fórum Econômico Mundial de Davos, com o discurso da presidente do BCE, Christine Lagarde.
Na Ásia, as Bolsas da China fecharam em queda, após Donald Trump sinalizar tarifa adicional, provavelmente de 10%, a partir do dia 1º de fevereiro.
No Japão, o índice Nikkei garantiu alta importante após o Softbank anunciar um plano de investimentos de US$ 500 bilhões em parceria com a OpenAI, Oracle e o governo norte-americano para construção de datacenters nos EUA.
Em Nova York, o S&P 500 futuro sobe 0,4%, Stoxx Europe +0,6%, o Nikkei avançou 1,6% e o Shanghai recuou 0,9%.
Confira os principais índices do mercado:
- S&P 500 Futuro +0,4%
- STOXX 600 +0,6%
- FTSE 100 +0,3%
- Nikkei 225 +1,6%
- Shanghai SE Comp. -0,9%
- MSCI EM +0,2%
- Dollar Index -0,2%
- Yield 10 anos -0,8bps a 4,5683%
- Petróleo WTI +0,5% a US$ 76,21 barril
- Futuro do minério em Singapura -0,9% a US$ 103,85
- Bitcoin -1,7% a US$ 104965,13
Commodities
- Petróleo: inverte o sinal e passa a subir com dólar fraco. O Brent/mar sobe 0,59%, a US$ 79,76 e o WTI/mar avança 0,65%, a US$ 76,32.
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,44% em Dalian na China, cotado a US$ 110,05/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 0,77%, cotados a US$ 103,70/ton. O mercado à vista recua 0,25%, cotado a US$ 101,50/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, o mercado repercute os resultados positivos da Netflix divulgados após o fechamento do pregão de ontem (21). A empresa registrou um lucro líquido de US$ 1,86 bilhão. As ações avançam acima de 14% no pré-mercado, sustentando os índices.
Em continuidade à divulgação dos balanços corporativos, destaque para a Procter&Gamble (P&G) e da Alcoa.
Na Europa, o mercado alimenta expectativas de flexibilização monetária pelo BCE e pelo Banco da Inglaterra (BoE).
Cenário nacional
No Brasil, repercute a fala do ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, em Davos, sobre a Petrobras ter “completa independência” para decidir preços e que o tema não passa pelo conselho, sendo responsabilidade da diretoria.
A fala vem após afirmações na imprensa de que o governo pode pressionar o conselho da estatal a amenizar a alta dos combustíveis para conter a inflação.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula participa de evento para assinatura do contrato de concessão da BR-381/MG, às 11h.
Destaques no mercado corporativo
- Gerdau: anunciou a aquisição das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) Garganta da Jararaca e Paranatinga II por R$ 440 milhões. Ambas ficam em Mato Grosso, com capacidade de 21MW e 17MW, respectivamente.
- Gol: gigantes globais do setor de aviação avaliam fazer aporte na Gol e garantir melhores posições nos terminais de Guarulhos e Galeão, segundo o Valor Econômico.
- Engie: Pagamento de R$ 250 milhões em JCP (Juros sobre Capital Próprio), com pagamento previsto para 02/07, equivalente a R$ 0,3064 por ação. Base de dados: 19/12/24.
- Paranapanema: Protocolou uma nova do 2º aditamento ao plano de recuperação judicial, que será votada em assembleia geral de credores no dia 27/01.
- Tegra: Anúncio de R$ 322 milhões com emissão de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) verdes.
Acompanhe as principais notícias do mercado financeiro todas as manhãs, também no Podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado.
O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Podcasters. Ou ouvir clicando abaixo:
O post Morning Call: Sinalização de Trump sobre tarifas mais leves tranquilizam o mercado apareceu primeiro em Monitor do Mercado.