Funcionária denuncia gerente por abaixar a calça e mostrar ereção em farmácia: ‘Nunca dei liberdade’


Caso foi registrado como ato obsceno e é investigado pelo 2º Distrito Policial (DP) de Santos (SP). Mulher foi transferida para outra unidade da rede de drogarias. À esquerda, auxiliar que denunciou gerente por ato obsceno em Santos (SP). À direita, uma das unidades da rede de farmácias (imagem ilustrativa)
Arquivo pessoal e Nissei/Divulgação
Uma mulher, de 26 anos, denunciou o gerente de uma farmácia por ato obsceno durante o horário de trabalho dela no comércio em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo a auxiliar de serviços gerais, o homem disse estar queimado de sol e abaixou as calças, mostrando a cueca com o órgão genital ereto.
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“Nunca dei liberdade para o mesmo fazer esse tipo de coisa”, afirmou a auxiliar, que preferiu não ser identificada. “[Estou] triste, com o psicológico abalado e esperando justiça”.
O caso aconteceu em uma unidade da rede de farmácias no bairro Campo Grande. Ao g1, a funcionária explicou ter sido abordada pelo gerente no piso superior, onde ficam os banheiros, vestiários, cozinha, estoque, depósito de material de limpeza e a sala dele.
Segundo o relato, a vítima limpava os banheiros do andar de cima quando o gerente apareceu e disse que não conseguia andar direito por conta das queimaduras do sol. Ainda de acordo com a auxiliar, o homem levantou a camisa para que ela observasse o corpo dele de frente e de costas.
“Não satisfeito, [o superior] entrou no banheiro com a porta aberta e disse que as pernas também estavam todas queimadas”, afirmou a funcionária. Neste momento, de acordo com ela, o homem saiu com a calça abaixada, mostrando o órgão genital ereto.
A auxiliar afirmou que o homem disse para “ficar no off” e para ela não contar a ninguém o que ele tinha feito. “Eu não tive nenhuma reação, simplesmente larguei a vassoura e desci. Esperei o mesmo descer para subir, terminar a minha tarefa e esperar dar o horário de ir embora”, desabafou.
Transferência
A funcionária explicou ter entrado em contato com a rede de drogarias que, ainda de acordo com ela, indicou que continuasse os serviços no mesmo local. A mulher, porém, ficou dois dias em casa até ser transferida para outra unidade. “Estou bem insegura, mas não posso parar de trabalhar”, destacou.
A vítima acrescentou que não há câmeras de monitoramento no piso superior da farmácia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como ato obsceno pela Delegacia Eletrônica e encaminhado ao 2º Distrito Policial (DP) de Santos, em 13 de janeiro.
Ainda de acordo com a SSP-SP, diligências são realizadas para o esclarecimento dos fatos. “Mais detalhes serão preservados por se tratar de crime sexual”, finalizou a secretaria.
Conforme apurado pelo g1, o homem ainda não foi identificado pela Polícia Civil. A equipe de reportagem entrou em contato com a Farmácia Nissei para mais informações sobre a situação do gerente na empresa, mas não teve retorno até a última atualização desta matéria.
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