O Conservadorismo e o Risco do Retrocesso Social

A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos trouxe à tona um grande temor: o retorno a um mundo de intolerância, onde os avanços sociais conquistados ao longo das últimas décadas correm o risco de serem desmantelados. Empresas como Amazon, Meta e McDonald’s, que antes eram reconhecidas por suas iniciativas de diversidade, estão reduzindo ou reavaliando seus programas. Por quê? Porque estão se adequando às expectativas de uma parcela do eleitorado que promove um discurso mais conservador, alinhando seus valores aos valores de governos de direita que têm ganhado força nos últimos tempos. O conservadorismo está de volta, e com ele, um potencial retrocesso.

Por décadas, lutamos intensamente por políticas específicas para grupos historicamente marginalizados. Mulheres, pessoas com deficiência, pessoas negras e outros segmentos que ganharam voz e espaço em uma sociedade que, por muito tempo, os ignoraram. Esses avanços foram frutos de um esforço coletivo para reconhecer que as diferenças não nos tornam inferiores, mas sim parte de uma humanidade plural.
Mas a verdade é simples: biologicamente, somos todos iguais. O que nos separa não são as diferenças de pele ou gênero, mas sim as condições de vida desfavoráveis, como pobreza e falta de oportunidades.
A intolerância, no entanto, se alimenta do medo e da incompreensão. Enquanto as pessoas sem compaixão ficarem no poder, o mundo continuará refém de uma lógica que prioriza o lucro, o controle e o pensamento ‘Ou está comigo, ou é meu inimigo’ conceitos que são contra os valores como empatia e justiça social. Essa atitude de violência — que tenta resolver problemas sociais com repressão e autoritarismo — só aprofunda as feridas. Afinal, a intolerância só gera mais intolerância, criando um ciclo destrutivo que nos afasta de uma convivência pacífica e sustentável.
Se o pensamento conservador continuar dominando, ficaremos condenados a enfrentar ainda mais os problemas do que já assolam o mundo: guerras, problemas ambientais, desigualdades e falta de compaixão. Precisamos, urgentemente, de uma nova mentalidade. Uma mente que valoriza a compreensão, a solidariedade e o respeito ao próximo.
O futuro da humanidade depende da nossa capacidade de superar a ambição desmedida e a intolerância. Sem isso, corremos o risco de nos destruir por completo. Precisamos refletir, agir e construir um mundo onde as diferenças sejam motivos de orgulho, não de exclusão.
Vamos refletir e sucesso!

PEDRO PAULO MORALES
GRADUADO EM GESTÃO, ESPECIALISTA EM CONTROLADORIA

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