O dólar à vista fechou esta segunda-feira (20) em queda de 0,39%, cotado a R$ 6,04, acompanhando o enfraquecimento da moeda americana no exterior.
A desvalorização reflete o alívio dos investidores diante da posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que não anunciou novas tarifas comerciais em seu discurso.
Além disso, a intervenção do Banco Central (BC) brasileiro, que realizou dois leilões de linha de crédito com compromisso de recompra no total de US$ 2 bilhões, ajudou a conter movimentos mais bruscos no mercado local.
Baixa liquidez
Com os mercados americanos fechados devido ao feriado de Martin Luther King Jr. nos Estados Unidos, o volume de negociações foi reduzido. O contrato futuro de dólar para fevereiro, principal referência, movimentou menos de US$ 8 bilhões.
Peso mexicano lidera ganhos na América Latina
Enquanto o real registrou desvalorização de 2,23% no acumulado de janeiro, outras moedas latino-americanas apresentaram desempenho superior. O peso mexicano, por exemplo, subiu mais de 1,20% no dia. O movimento reflete também a expectativa de que Trump, apesar da retórica protecionista, não implemente mudanças comerciais imediatas.
Boletim Focus eleva percepção de risco inflacionário
O mercado ainda monitora o aumento das expectativas de inflação para 2024 e 2026, conforme o Boletim Focus divulgado pelo BC. Esse fator contribuiu para limitar os ganhos do real frente ao dólar.
Investidores de olho na política monetária dos EUA
Apesar de Trump reforçar compromissos como controle de preços e reforma comercial, analistas destacam que suas propostas, como repatriação de empresas e aumento em infraestrutura, podem pressionar o déficit fiscal dos EUA, impactando a política monetária do Federal Reserve (Fed).
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