Laís Carvalho foi diagnosticada em 2023 com um Linfoma de Hodgkin em estágio 4. Primeira etapa do tratamento foi concluída na quinta-feira (16)
Reprodução/Instagram
Laís Carvalho mobilizou as redes sociais no ano passado após ter uma cirurgia contra um câncer avançado negada pelo plano de saúde. Agora, a paciente celebra a finalização da primeira fase do transplante de medula óssea.
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Natural de Pernambuco, Laís tem 32 anos e vive em Fortaleza, no Ceará, desde setembro de 2021. Ela foi diagnosticada em 2023 com um Linfoma de Hodgkin em estágio 4. No dia 6 de janeiro deste ano, a paciente foi internada no Hospital São Camilo e passou pela primeira fase do transplante, que consiste na mobilização das células troncos.
“Depois de toda aquela movimentação, da repercussão que meu caso ganhou nas redes sociais, nos jornais, o plano de saúde começou a se movimentar”, afirma.
Na última quinta-feira (16), ela recebeu alta. O procedimento foi bem-sucedido e a paciente celebra o resultado. “A coleta foi feita na quarta-feira (15). Deu tudo certo, graças a Deus. Consegui a quantidade de células necessárias nessa coleta e minhas células já estão congeladas”, conta.
Agora, Laís passará por um período de descanso e deve começar a segunda parte do tratamento ainda em janeiro. Nessa etapa, a paciente passará por um processo mais delicado, que envolve a quimioterapia em alta dosagem e a infusão da medula.
“Tô na expectativa, ansiosa pra passar logo, pra acabar. Agora, 6 de janeiro é o começo do fim, dessa jornada, dessa luta”, declara.
Relembre o caso
Paciente com câncer avançado luta contra plano de saúde para fazer cirurgia
No início de 2023, Laís percebeu um caroço no pescoço e, após recomendação de amigos, realizou exames médicos. Em abril, Laís foi diagnosticada com um Linfoma de Hodgkin em estágio 4.
Desde então, ela foi submetida a diversas sessões de quimioterapia e de imunoterapia, com objetivo de causar a remissão da doença. Nos últimos meses, a imunoterapia ajudou a estabilizar o quadro clínico, o que proporcionou condições para que ela fosse submetida a um transplante de medula óssea – que os médicos consideram a melhor alternativa para salvar sua vida.
No caso de Laís, o procedimento é um transplante autólogo, quando a própria medula do paciente é retirada, tratada e reimplantada. É esta cirurgia que ela precisou recorrer à Justiça para que a operadora Livsaúde pagasse.
Em novembro, a Justiça concedeu a tutela de urgência para Laís e deu o prazo de 5 dias para a seguradora de saúde emitir a autorização para a cirurgia de transplante. Na época, a operadora de saúde alegou que havia “recurso interposto da decisão do Tribunal de Justiça tanto pela operadora quanto pela própria beneficiária”.
Após promover campanha nas redes sociais para que as pessoas pressionassem o plano a autorizar o procedimento, Laís conseguiu a autorização para o transplante no dia 23 de dezembro.
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