A rede de academias Smart Fit (SMFT3) apostou fortemente na expansão do número de unidades em 2024, abrindo 305 novas unidades e alcançando um total de 1.743 academias. Mas, enquanto seu portfólio cresceu mais de 20%, o preço das ações caíram 35% e o endividamento aumentou.
No novo episódio do podcast Ligando os Pontos, com Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, explora o atual momento da empresa e do varejo brasileiro, de forma geral, que vive bem dividido. Confira:
Aumento da dívida
Apesar do crescimento da Smart Fit no Brasil, México e outros países da América Latina, o aumento no número de unidades elevou o endividamento da empresa, que chegou a R$ 5,2 bilhões no terceiro trimestre de 2024 — um aumento de 45% em comparação ao mesmo período de 2023.
A aposta da empresa era “surfar” na onda do mercado fitness, que também cresceu muito. O problema, no entanto, foi a alta da inflação e das taxas de juros no Brasil, cenário que impactou o consumo e o planejamento financeiro da população.
Queda nas ações
A queda das ações contrasta com o desempenho de 2023, quando os papéis subiram cerca de 90%. A perspectiva otimista do mercado, impulsionada por um governo focado no consumo e na expectativa de redução dos juros, não se concretizou em 2024.
Enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, recuou 10,3% no ano passado, as ações da Smart Fit tiveram uma desvalorização muito maior (-35%), reforçando a perda de confiança dos investidores no curto prazo.
Otimismo dos analistas
Mesmo com o endividamento aumentando, analistas do BTG Pactual e da XP Investimentos mantiveram uma visão positiva sobre a Smart Fit. O BTG estima um preço-alvo para as ações de R$ 8, superior à média atual de R$ 7,50, destacando que a empresa tem se tornado mais eficiente e gerado mais caixa.
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