Inflação (IPC-S) desacelera para 0,18% na 2ª semana de janeiro

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou alta de 0,18% na segunda semana de janeiro, desacelerando em relação à taxa de 0,34% observada na semana anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice apresentou variação positiva de 3,55%, segundo divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (17).

O economista e coordenador do IPC-S da FGV, André Braz, aponta que a desaceleração desta semana foi influenciada pelo bônus de Itaipu. Ele destaca que o índice não deve apresentar avanços significativos no mês, devido à deflação em Habitação, com a queda estimada de 13% no preço da energia elétrica.

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Desempenho das classes de despesas no IPC-S

Entre as oito classes de despesas analisadas, seis registraram desaceleração. Confira o desempenho e principais fatores influentes:

  • Habitação: de -0,87% para -1,46%, influenciada pela queda de 8% na tarifa de eletricidade residencial.
  • Educação, Leitura e Recreação: passou de 0,16% para 0,06%, apesar do aumento nas mensalidades escolares.
  • Alimentação: de 1,42% para 1,38%, com destaque para a alta de 14,61% no preço do tomate.
  • Vestuário e Comunicação: também registraram quedas leves, com variações de 1,05% para 0,93% e de 0,05% para -0,03%, respectivamente.

Em sentido contrário do registro nas demais classes de despesas, Transportes e Saúde e Cuidados Pessoais apresentou ligeira aceleração de 0,42% para 0,45% e de 0,46% para 0,48%, respectivamente.

Maiores influências sobre o índice IPC-S

Os itens que mais pressionaram o índice para cima incluem:

  • Cursos escolares: ensino fundamental (3,18%) e ensino superior (2,41%)
  • Tomate: alta expressiva de 14,61%
  • Refeições fora de casa: subida de 0,92%, puxada por bares e restaurantes.

Já os itens que ajudaram a conter a inflação foram:

  • Tarifa de eletricidade residencial: redução significativa de 8%
  • Passagem aérea: queda de 7,47%
  • Batata inglesa: apesar de ainda cara, apresentou uma leve desaceleração de 13,68%

Desempenho Regional

O IPC-S desacelerou em quatro das sete capitais analisadas:

  • Porto Alegre: registrou a maior desaceleração (de 0,68% para 0,28%)
  • São Paulo: também apresentou redução significativa (de 0,33% para 0,09%)

Em contrapartida, Belo Horizonte (de 0,07% para 0,27%) e Brasília (de -0,79% para -0,73%) tiveram acelerações, enquanto Recife manteve a mesma variação (0,56%).

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Perspectivas para os próximos meses

Segundo André Braz, a influência do impacto da redução no custo da energia elétrica sobre a desaceleração do IPC-S deve continuar em janeiro, ajudando a conter a inflação geral.

Entretanto, Braz alerta para pressões inflacionárias em fevereiro, especialmente no grupo de alimentação, com a alta nos preços de hortaliças e frutas, que devem contribuir com a alta do índice como um todo.

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