Sessão desta quinta-feira (15) começou 13h30 e terminou antes do previsto, próximo das 15h. Das seis testemunhas convocadas pelas defesas dos réus, nenhuma foi ouvida, apenas os réus Roberto Franceschetti Filho e Dilomar Batista. Fórum de Bauru (SP)
Aceituno Jr./TV TEM
A segunda e última audiência do processo que apura a morte da ex-secretária executiva da Apae de Bauru (SP), Cláudia Regina da Rocha Lobo, terminou nesta quinta-feira (16) sem nenhuma testemunha ouvida no Fórum de Bauru.
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A sessão, mais curta do que a primeira, começou às 13h30 e terminou antes do previsto, próximo das 15h. Das seis testemunhas convocadas pelas defesas dos réus, nenhuma foi ouvida.
Segundo apurado pela TV TEM, os advogados de defesa dos réus Roberto Franceschetti Filho e Dilomar Batista dispensaram os depoimentos das testemunhas listadas, entre elas Maria Lúcia Miranda, ex-coordenadora financeira da Apae presa em Pirajuí por desvios de dinheiro, e a esposa de Dilomar.
Durante a audiência, apenas os réus foram interrogados. Roberto, ex-presidente da Apae, participou remotamente, pois está preso no CDP de Guarulhos.
Ele reafirmou sua inocência e optou por permanecer em silêncio em relação as outras perguntas. Já Dilomar, presente na audiência, confirmou os fatos relacionados à ocultação do corpo da vítima, que já havia confessado à polícia.
De acordo com os advogados da família de Cláudia, os depoimentos reforçaram os crimes descritos na denúncia, aumentando as chances de os réus serem levados a julgamento pelo Tribunal do Júri. A defesa de Roberto, no entanto, sustenta que ele não cometeu o crime e que, no último contato com Cláudia, ela estava viva.
Encerrada a fase de audiências, o processo segue para os memoriais finais, nos quais o Ministério Público, a assistente de acusação e as defesas apresentarão suas manifestações.
Após essa etapa, caberá ao juiz Fábio Correia Bonini, da 4ª Vara Criminal, decidir se os réus irão a júri popular. Não há prazo definido para a sentença.
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Arquivo pessoal
Primeiro dia de Audiências
Em entrevista à TV TEM, no primeiro dia de audiência, os advogados de acusação reiteraram a gravidade do caso e reforçaram o pedido de prisão preventiva de Dilomar Batista, alegando que ele tenta prejudicar as provas do crime desde o homicídio.
Por outro lado, as defesas de Roberto e Dilomar mantiveram seus posicionamentos de negar envolvimento direto no assassinato. Porém, Dilomar já confessou, em depoimento à polícia, o crime de ocultação de cadáver.
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Relembre o caso
Cláudia Lobo desapareceu no dia 6 de agosto de 2024. Imagens de câmeras de segurança registraram a última vez em que ela foi vista, caminhando em direção ao carro da Apae, com um envelope em mãos. Roberto foi preso dias depois como principal suspeito de envolvimento no desaparecimento dela.
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Durante as investigações, fragmentos de ossos foram encontrados em uma propriedade rural de Bauru. No entanto, o laudo divulgado em dezembro pela Polícia Científica apresentou resultados inconclusivos sobre a origem humana dos materiais.
Dilomar Batista, auxiliar de almoxarifado da Apae, é suspeito de ajudar Roberto a queimar o corpo de Cláudia e espalhar os restos pela área de mata.
Além deste processo, Roberto Franceschetti Filho e outras 12 pessoas respondem por desvios de recursos na Apae, acusados de peculato e formação de organização criminosa.
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