O Banco Mundial projetou, nesta quinta-feira (16), um crescimento econômico médio de 1,7% ao ano até 2026 nas economias desenvolvidas. A estimativa considera a manutenção das políticas econômicas atuais e uma recuperação na zona do euro e no Japão, que pode conter a desaceleração dos Estados Unidos.
Em relatório publicado, a instituição destacou que o crescimento global deve se alinhar às previsões anteriores, mas alertou que a atividade econômica no período pode ser 60% mais fraca do que o inicialmente projetado.
Cenário econômico dos Estados Unidos
O crescimento econômico dos Estados Unidos está projetado em 2,3% para 2025 e 2% em 2026. Esses números são mais otimistas que as projeções de junho, que estimavam 1,8% para os dois anos.
A desinflação no país, ou seja, a redução contínua no ritmo de aumento dos preços, deve permitir que o Federal Reserve (Fed) continue flexibilizando a política monetária. Essa trajetória pode indicar um “pouso suave” para a economia americana, conforme avaliado pelo Banco Mundial.
Europa e Japão: recuperação gradual
Na zona do euro, o crescimento deve alcançar 1% em 2025 e 1,2% em 2026, levemente abaixo das previsões anteriores. O desempenho mais fraco reflete incertezas nas maiores economias do bloco. Para 2024, a expectativa é de crescimento de 0,7%.
Já no Japão, a economia deve crescer 1,2% em 2025 e 0,9% em 2026, impulsionada pelo aumento dos investimentos e salários. O Banco Mundial também prevê um aumento gradual nas taxas de juros do país, acompanhando a recuperação econômica.
Desaceleração na China
A economia chinesa deve desacelerar para 4,5% em 2025, 0,4 ponto porcentual acima da previsão de junho, graças a medidas de estímulo e um bom desempenho nas exportações no final de 2024. Em 2026, o crescimento deve cair para 4%, refletindo o impacto do aumento da dívida corporativa e pública sobre os investimentos.
O Banco Mundial alertou que as perspectivas de crescimento da China estão sujeitas a riscos, especialmente relacionados às relações comerciais com os Estados Unidos.
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