O processo desligamento contratual do atacante com a sua antiga equipe foi visto como regular, evitando assim qualquer punição ao Fortaleza
O imbróglio envolvendo Fortaleza e Colo-Colo, do Chile, sobre a contratação do centroavante Juan Martín Lucero, realizada pelos brasileiros, chegou ao fim nesta quinta-feira (16). A Corte Arbitral do Esporte (CAS) encerrou a história ao divulgar a sentença final e livrar o Leão do Pici, e o próprio atleta, de qualquer sanção.
Após avaliação do CAS, instância máxima do esporte mundial, ficou determinado que todo o processo de desligamento contratual do atacante com a sua antiga equipe (Colo-Colo) foi realizado de maneira regular, ou seja, dentro daquilo que é permitido e não é tratado como “aliciamento”. O caso não cabe recurso e está definitivamente encerrado.
Diretor de futebol da SAF do Fortaleza, Alex Santiago falou sobre a decisão do CAS e afirmou que o desfecho do assunto ressalta os valores positivos do time cearense.
“O Fortaleza vê com naturalidade o encerramento definitivo deste caso. O reconhecimento final da Corte Arbitral do Esporte reforça os valores do clube em todos os seus movimentos de mercado. Sempre baseados em convicção, eficiência, boa fé e firmeza jurídica”
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SOBRE O CASO
Em abril de 2023, meses após Lucero ser oficializado como reforço do Fortaleza, o Colo-Colo acionou a Fifa contra o clube brasileiro e o jogador. Os chilenos alegavam que no contrato do atleta não existia cláusula de saída e que o próprio Tricolor havia induzido o profissional ao rompimento do vínculo.
Na ação, o Cacique pediu três sanções: o pagamento de uma multa de mais de R$ 10 milhões, a suspensão de Lucero por até seis meses e a aplicação de um “transfer-ban” de três janelas de transferências ao Fortaleza.
Em agosto de 2023, a Fifa acatou os pedidos do Cacique e, através do Tribunal de Demandas da entidade, emitiu uma decisão de efeito imediato. Naquela altura, Lucero havia sido suspenso por quatro meses e o Fortaleza impedido de contratar novos atletas por um ano.
Porém, a decisão cabia recurso, e assim foi feito pelo Leão, que conseguiu a liberação do jogador nove dias depois. O transfer-ban também foi suspenso, mas apenas em dezembro. Em março de 2024, novas audiências foram realizadas no Peru e contaram com depoimentos de todas as partes envolvidas.
Agora, com a sentença final, o Fortaleza ficou livre de qualquer sanção definitiva.